Economia: Fundap lança edição 95 do boletim Indicadores Diesp

Evento será nesta quarta-feira, dia 17, às 14h30

qua, 17/09/2003 - 9h03 | Do Portal do Governo

Da Assessoria de Imprensa da Fundap


A Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap) lança, nesta quarta-feira, dia 17, às 14h30, a edição 95 do boletim Indicadores Diesp. O evento será no auditório da Fundação, na Rua Cristiano Viana, 428, 1º andar, na Capital.

Durante o lançamento, a equipe de economistas da Fundap fará uma exposição sobre a conjuntura econômica do país e sobre a Reforma da Previdência. Para discutir os rumos da reforma, convidamos os especialistas Rosa Maria Marques, doutora em economia pela FGV-SP, professora titular da PUC-SP e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Economia Política, José Cecchin, doutor em economia pela Universidade de Cambridge e ex-ministro da Previdência, e Geraldo Biasoto Júnior, doutor em economia pela Unicamp, professor do Instituto de Economia da Unicamp, ex-coordenador de Política Fiscal do Ministério da Fazenda e ex-secretário de Investimentos em Saúde do Ministério da Saúde.

A série Indicadores Diesp apresenta uma análise da conjuntura econômica brasileira e paulista. Divulga também um amplo conjunto de dados, sistematizados e atualizados, sobre os efeitos e os condicionantes da
gestão do setor público e da política econômica.

Edição 95

Além de tratar do tema da Reforma da Previdência, a edição 95 de Indicadores Diesp destaca:

Conjuntura internacional – A taxa de crescimento do PIB americano foi de 0,8% no segundo
trimestre de 2003; a do PIB japonês, de 0,6%. Algumas economias européias entraram em recessão no primeiro semestre. A retomada do crescimento mundial, liderado pela economia americana, poderá agravar os desequilíbrios internacionais: déficit em conta corrente dos EUA e superávit das economias asiáticas e européias; bolhas de ativos (ações, imóveis e bônus) etc. Os países emergentes ampliaram marginalmente seu acesso aos fluxos internacionais de capitais.

Conjuntura macroeconômica doméstica – O trimestre junho-agosto caracterizou-se pela flexibilização da política monetária, diante do evidente recuo da inflação num contexto de recessão econômica e queda da massa de rendimentos da população, o qual contribuiu para a manutenção do desempenho favorável da balança comercial.

Nível de atividades e emprego – A queda de 1,6% no PIB no segundo trimestre de 2003 indicou que a
economia brasileira ingressou numa fase recessiva. Os constrangimentos gerados à demanda doméstica por uma política monetária extremamente restritiva e a perda de dinamismo dos vetores que sustentavam o nível de atividade – exportações e agronegócio – derrubaram a economia no segundo trimestre. Os indicadores de julho e agosto mostram tênue tendência de reativação. Nota-se ampliação das vendas industriais e maior atividade no setor de papel, papelão e embalagens. A recuperação esperada na renda dos trabalhadores deve ocorrer de forma lenta ao longo do segundo semestre de 2003.

Infra-estrutura econômica – O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou as diretrizes gerais do novo modelo institucional para o setor elétrico. A proposta está colocada em discussão e as primeiras reações indicam que muitos ajustes ainda deverão ser incorporados, o que pode comprometer a
pretensão do governo de implementar o novo modelo já no início de 2004. O anúncio de liberação de recursos para a área de infra-estrutura não pareceu ainda suficiente como fator de dinamização do crescimento econômico; novos reajustes nos serviços de energia, telecomunicações, transportes e saneamento voltam a castigar o orçamento de empresas e famílias e a pressionar os índices gerais de preços neste início de segundo semestre.

(LRK)