Economia: Farmácia da Pediatria do Servidor Público usa fantasia para tratar crianças

Criado há cerca de dez meses, programa reduziu desperdício de medicamentos

sex, 06/06/2003 - 8h40 | Do Portal do Governo

Medicação no Mundo da Fantasia é o nome que a Farmácia da Pediatria do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) criou para o programa de implantação da dose unitária no setor, em setembro de 2002. Passados quase dez meses, os números apontam uma redução de até 70% no desperdício de alguns medicamentos, como antibióticos, por exemplo.

A diretora do Serviço de Assistência Farmacêutica, doutora Milva Lúcia de Melo Oliveira, explica que são necessários cuidados especiais na preparação das drogas, pois na maioria das situações as doses são muito pequenas. ‘Com a dose unitária na Pediatria, voltamos a manipular alguns medicamentos, como por exemplo os comprimidos, que passaram a ser diluídos em soluções ou suspensões, com ótimos resultados’, disse ela.

Tais remédios são administrados aos pequenos através de seringas sem agulhas (como as que são comumente usadas para dar remédios e que são chamada pelos profissionais de oralpak) com ótimos resultados. Os medicamentos são dados às crianças internadas por funcionárias do setor que se fantasiam especialmente para isso.

O lado lúdico do programa não pára por aí. Elas entregam os dosadores orais enfeitados com adesivos de personagens infantis,
personalizados com o nome de cada paciente.

‘Isso ajuda a aumentar a adesão ao tratamento, criando um ambiente mais alegre e descontraído para as crianças’, afirma a responsável
pela farmácia do serviço, doutora Vanessa Amaral.

Ela lembrou que o oralpak passou a ser usado na Pediatria do HSPE em substituição aos tradicionais copinhos e colheres plásticas, a fim de se obter mais qualidade na preparação e administração das soluções orais. ‘O dosador garante a qualidade da medicação por ser higiênico ao paciente e permitir a administração integral do medicamento, eliminando o desperdício’, afirmou.

O dosador é fornecido também aos pacientes liberados para fazer o tratamento domiciliar. Os que recebem licença nos fins-de-semana os levam, juntamente com um programa de medicação com instruções para o preparo das doses e os horários de administração de cada medicamento.

‘Isso torna mais fácil para os pais a administração dos remédios aos filhos. Assim, estamos atingindo nosso principal objetivo, que é o de promover a cura e o bem-estar de nossos pacientes, além da humanização do atendimento. Desta forma o tratamento flui melhor”, conclui a doutora Milva.

Rotina da Farmácia

A Farmácia da Pediatria atua analisando as prescrições do dia, verificando doses, interações, medicamentos não-padronizados, xaropes que necessitem de manipulação e orientações para alta. Após esta primeira análise, parte-se para o contato com o pessoal da Enfermagem, corpo clínico e farmacêutico do setor de Farmacotécnica.

Com a Enfermagem é feita a orientação de diluição dos injetáveis como também cálculo e estabilidade – além das aulas sobre estes assuntos que fazem parte de Educação Continuada. As dúvidas com relação às doses, estabilidade, prescrição de medicamentos não-padronizados e custos de tratamento são tiradas junto ao corpo clínico.

Mudança começou há cinco anos

O Hospital do Servidor adotou o programa de distribuição de medicamentos por dose unitária há quase cinco anos, inicialmente no Serviço de Moléstias Infecciosas.

Até então, era usado o método de distribuição coletiva, através do qual todas as unidades do hospital requisitavam os remédios à Central Farmacêutica a partir das prescrições médicas.

Atualmente, essa tarefa é restrita à equipe de Farmácia, que têm melhores condições e conhecimentos técnicos para realizar a triagem. Hoje há farmácias-satélites em cada unidade clínica, onde são preparadas as doses individualizadas com os medicamentos específicos para cada paciente.

Da Assessoria de Imprensa do HSPE

C.C.