Não é só no Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta segunda-feira, dia 8, que o Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) promove ações dirigidas exclusivamente à ela. Esta é uma preocupação constante, sistemática mesmo, pois desde a sua criação todos entendem que cuidar bem da saúde da mulher é cuidar da vida. Por isso, o Instituto de Atendimento Médico ao Servidor Público Estadual (Iamspe) dispõe de vários programas dirigidos às mulheres.
Aqui uma rápida apresentação de cada um deles e como fazer para se inscrever caso haja interesse.
Curso de Preparação ao Parto
Existe há mais de 20 anos e é coordenado pela médica ginecologista Dra. Marisa Klug. O curso é ministrado em cinco aulas, que acontecem às sextas-feiras, por uma equipe multiprofissional que aborda tudo o que a gestante precisa saber sobre a gravidez e os serviços que dispõe como apoio no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE).
Entre os inúmeros temas tratados durante as aulas estão a nutrição e higiene da gestante, desenvolvimento fetal, prática de ioga relaxante, o receio da anestesia e o momento do parto, cuidados com o recém-nascido, amamentação e desenvolvimento psicológico da criança.
Vale ressaltar que o HSPE é um dos primeiros hospitais a instalar o Alojamento Conjunto em sua área de maternidade, oferecendo à mamãe acomodação para que o bebê permaneça junto dela enquanto estiver internada. Também saiu à frente quando permitiu que um acompanhante, em especial o marido, assista ao parto e fique com a paciente no período de internação.
As inscrições são feitas na sala 249, do Serviço Social, que fica no Ambulatório de Ginecologia. Os próximos cursos têm data prevista para 06 de agosto, 17 de setembro e 05 de novembro.
Câncer Ginecológico e de Mama
Coordenado pelo Serviço de Ginecologia, desde 1988, o programa tem um Ambulatório de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia, que realiza exames de rotina e faz um trabalho preventivo das lesões precursoras do câncer do colo uterino, vagina e vulva.
Durante o exame é coletado material do útero, faz-se a apalpação das mamas (conforme o caso, há o encaminhamento para mamografia) e o teste de Schiller, para detectar lesões suspeitas de câncer – o ambulatório do HSPE é o único a fazer o teste de triagem na coleta do papanicolau. No mesmo dia do exame, paciente e o acompanhante podem assistir a uma palestra de prevenção.
O resultado está disponível em 15 dias (2º andar, Prédio dos Laboratórios). As pacientes que precisarem do tratamento são chamadas pelo próprio ambulatório, através de carta ou telefone. São oferecidas diariamente 125 vagas, a partir das 7 horas até o término das senhas.
Planejamento Familiar
O Planejamento Familiar é um serviço que segue à risca os critérios da Lei Federal 9623 – de janeiro de 1996 – que trata deste assunto do ponto de vista jurídico. Mas também, analisa as implicações emocionais e psíquicas. Por isso, todo o seu trabalho é feito por uma comissão formada por uma equipe multiprofissional.
Os pacientes que chegam ao grupo – e aí incluem-se os homens – estão a procura de um método contraceptivo que pode ser a pílula, o dispositivo intra-uterino (DIU) ou qualquer outro. Porém, a questão é mais delicada se a opção for a ligadura para a mulher, ou a vasectomia para o homem.
Nesses casos, o encaminhamento se dá por especialistas de ginecologia/obstetrícia e urologia ou de forma espontânea, diretamente na sala 249, do Serviço Social, no Ambulatório de Ginecologista. A Assistente Social é a primeira profissional a atender o casal a fim de levantar todas as informações possíveis para avaliação do seu nível de conscientização e de decisão quanto à esterilização.
Durante a entrevista o casal ainda recebe esclarecimento do andamento de todo o processo, pois o pedido não significa que a Comissão aprovará a realização da cirurgia já que deve seguir observar os critérios da lei. A coordenadora do grupo de Planejamento Familiar é a médica ginecologista, Dra. Emile Serapião dos Santos. Os outros membros são a Dra. Sonia Valadares Silva e as assistentes sociais Mônica V. P. Marra e Cidia M.S. Reis.
Grupo de Adolescentes
As pacientes adolescentes recebem atenção especial dentro das discussões do Grupo de Adolescentes que é composto por uma equipe multiprofissional. São realizadas reuniões mensais e quinzenais, no ambulatório de Pediatria, sobre aspectos que permeiam a vida dos adolescentes.
No caso das mulheres, é comum nessa fase ocorrer a gravidez precoce que é trabalhada pelos profissionais de saúde tanto nas implicações sociais, como nos fatores de risco que essa gravidez pode acarretar. Além disso, discute-se a contracepção e ainda, como se evitar doenças sexualmente transmissíveis e o uso de drogas ou vícios como o cigarro e álcool.
O Grupo de Adolescentes funciona junto ao Ambulatório de Pediatria, no 2º andar do Prédio dos Ambulatórios. Os responsáveis são os médicos Elisa Y. Kochi e Ilso e a assistente social Virgínia Quaresma.
Violência Doméstica
O GAPREV, Grupo de Apoio e Prevenção de Violência Doméstica contra Crianças e Adolescentes foi criado em 1996. O artigo 226 e 227 da Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) regulamentam a questão da violência em casa, que precisa ser punida, como forma de coibir seu avanço. O grupo é composto por uma equipe multiprofissional e tem atendimento semanal.
A violência doméstica tem um aspecto cultural e psicológico muito grande. E é necessário abrir a discussão com a sociedade, para descobrir formas de contenção, segundo a médica coordenadora Eliza Y. Kochi. A violência doméstica é todo o ato ou omissão praticados pelos pais ou parentes sendo capaz de causar danos físico, sexual ou psicológico a vítima.
Os profissionais do GAPREV explicam que por vezes dentro da família, a pessoa não percebe que sofreu uma violência, só muitos anos depois que as conseqüências psicológicas
Da Assessoria de Imprensa do Iamspe/HSPE
C.C.
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