Desenvolvimento: Mercados alternativos na mira do Governo paulista

Ênfase é do Secretário de Desenvolvimento Econômico, João Carlos Meirelles

sex, 05/12/2003 - 13h04 | Do Portal do Governo

Ao abordar “A economia paulista no contexto internacional” no seminário promovido pela Assembléia Legislativa visando a ALCA, o Secretário de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Carlos Meirelles, defendeu ontem, dia 4, uma busca vigorosa de mercados alternativos para as exportações brasileiras. A África Mediterrânea, utilizando os portos europeus como plataforma, a Índia, a China.

Meirelles, que também é o Secretário Executivo do Conselho Estadual de Relações Internacionais e Comércio Exterior (CERICEX ), foi convidado pelos deputados Sidney Beraldo, Presidente da Assembléia, Célia Leão, Presidente da Comissão de Assuntos Internacionais e Waldir Agnello, Presidente da Comissão de Economia e Planejamento.

Lembrando que passamos por várias fases de colonialismo, chegando à atual, “em que os sistemas de dominação são monetários”, Meirelles lamentou que os 29 países mais ricos do mundo gastem um bilhão de dólares por dia em subsídios, ou seja, em acordos de auto-protecionismo. Só no ano passado (quando o Brasil exportou, durante todo o ano, US$ 60 bilhões) foram US$ 366 bilhões.

“Até recentemente, nem a Assembléia Legislativa nem o Governo do Estado discutiam isso; hoje há um esforço do Estado para colaborar com as iniciativas federais no sentido de ampliar o nosso comércio exterior”, celebrou Meirelles.

A ALCA, Área de Livre Comércio das Américas, representa 750 milhões de pessoas e um PIB superior a US$ 10 trilhões. Para se ter idéia da relevância desse universo, quase 60% das exportações paulistas em 2002 estão nele – cabendo à União Européia menos de 20%. Entre os principais produtos com a marca São Paulo que chegaram aos países que o compõem, veículos automotores, aeronaves, máquinas e reatores nucelares. Ou seja, produtos com valor agregado.

As negociações relativas à ALCA, iniciadas em 1994, deverão estar concluídas em 2005. Durante dois anos, de 1002 a 2004, o Brasil e os Estados Unidos são co-presidentes do organismo. Há grande expectativa sobre a próxima reunião ministerial, que será realizado em fevereiro próximo em Puebla, no México. Para João Carlos Meirelles, “a consolidação dos resultados de todo esse esforço serão evidentes em 20 anos, quando o Brasil deverá estar entre as grandes potências”.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo