Defesa do Consumidor: Taxa média de cheque especial é mais alta desde março de 2000

Procon-SP divulgou pesquisa de Taxas de Juros para pessoa física, no mês de março

seg, 17/03/2003 - 14h17 | Do Portal do Governo

Da Assessoria de Imprensa Procon-SP


A Fundação Procon–SP, órgão vinculado à Secretaria de Justiça do Governo do Estado de São Paulo, divulga a pesquisa de Taxas de Juros para pessoa física, no mês de março de 2003. Nos dias 6 e 7 de março, empréstimo pessoal e cheque especial foram pesquisadas em 13 instituições financeiras. São elas: HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Bilbao Vizcaya Brasil – BBV, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real, Unibanco, Mercantil de São Paulo e Banco de Crédito Nacional – BCN.

Empréstimo Pessoal

A taxa média dos bancos pesquisados foi de 6,10% ao mês, superior à do mês anterior, que foi de 5,98% ao mês, significando um acréscimo de 0,12 pontos percentuais. Nenhuma queda foi constatada na taxa de juros do empréstimo pessoal.

As três maiores altas verificadas nas taxas de empréstimo pessoal foram:

  • Unibanco – alterou de 6,50% para 6,90% ao mês,o que significa um acréscimo de 0,40 pontos percentuais, que representa uma variação positiva de 6,15% em relação à taxa de fevereiro/03;
  • Bradesco – alterou de 6,10% para 6,40% ao mês, o que significa um acréscimo de 0,30 pontos percentuais, que representa uma variação positiva de 4,92% em relação à taxa de fevereiro/03;
  • BCN – alterou de 6,12% para 6,40% ao mês, o que significa um acréscimo de 0,28 pontos percentuais, que representa uma variação positiva de 4,58% em relação à taxa de fevereiro/03.

    Cheque Especial

    A taxa média dos bancos pesquisados foi de 9,44% ao mês, superior à do mês anterior, que foi de 9,13% ao mês, o que resultou um acréscimo de 0,31 pontos percentuais. Nenhuma queda foi constatada na taxa de juros do cheque especial.

    As três maiores altas verificadas nas taxas de cheque especial foram:

  • Nossa Caixa – alterou de 7,95% para 8,85% ao mês, o que significa um acréscimo de 0,90 pontos percentuais, que representa uma variação positiva de 11,32% em relação à taxa de fevereiro/03;
  • Bradesco – alterou de 9% para 9,70% ao mês, o que significa um acréscimo de 0,70 pontos percentuais, que representa uma variação positiva de 7,78% em relação à taxa de fevereiro/03;
  • Mercantil SP – alterou de 9,10% para 9,71% ao mês, o que significa um acréscimo de 0,61 pontos percentuais, que representa uma variação positiva de 6,70% em relação à taxa de fevereiro/03.

    O Procon-SP verificou que houve um grande número de alterações nas taxas de juros praticadas. A taxa média do cheque especial teve um aumento proporcionalmente maior que a taxa média do empréstimo pessoal e atingiu a maior marca desde março de 2000 (9,54% ao mês). Cerca de 50% dos bancos pesquisados aumentaram suas taxas. Neste mês, o banco que apresentou maior alta no cheque especial (Nossa Caixa – variação de 11,32%) continua figurando como o de menor taxa em ambas modalidades de crédito.

    A taxa média do empréstimo pessoal manteve sua tendência de alta, e atingiu neste mês a maior marca desde abril de 1999 ( 6,25% ao mês).

    Na reunião de fevereiro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM) decidiu elevar a meta para a taxa Selic em 1 (um) ponto percentual (de 25,50% para 26,50% ao ano) e aumentar a alíquota de recolhimento compulsório sobre recursos à vista (de 45% para 60%), com o intuito de contribuir para o recuo da inflação nos próximos meses. Entretanto, essas medidas de política monetária, aliadas às incertezas no cenário externo, têm efeito restritivo sobre a oferta de dinheiro, provocando seu encarecimento através de altas taxas de juros.

    O consumidor deve refletir muito antes de contratar um empréstimo. Se o objetivo for saldar uma dívida no cheque especial, sem dúvida é preferível contratar um empréstimo pessoal, pois as taxas são menores. No entanto, se o objetivo for adquirir bens e esse objetivo não puder ser adiado, deve averiguar a possibilidade de um parcelamento sem juros ou comparar a taxa de financiamento praticada pelo estabelecimento comercial com a taxa de um empréstimo pessoal. A melhor opção é, sem dúvida, adiar certas decisões de consumo para um momento de conjuntura mais favorável.

    Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo.

    Vale lembrar, também, que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

    (AM)