Da Assessoria de Imprensa Procon-SP
A Fundação Procon–SP, órgão vinculado à Secretaria de Justiça do Governo do Estado de São Paulo, divulga a pesquisa de Taxas de Juros para pessoa física, no mês de março de 2003. Nos dias 6 e 7 de março, empréstimo pessoal e cheque especial foram pesquisadas em 13 instituições financeiras. São elas: HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Bilbao Vizcaya Brasil – BBV, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real, Unibanco, Mercantil de São Paulo e Banco de Crédito Nacional – BCN.
Empréstimo Pessoal
A taxa média dos bancos pesquisados foi de 6,10% ao mês, superior à do mês anterior, que foi de 5,98% ao mês, significando um acréscimo de 0,12 pontos percentuais. Nenhuma queda foi constatada na taxa de juros do empréstimo pessoal.
As três maiores altas verificadas nas taxas de empréstimo pessoal foram:
Cheque Especial
A taxa média dos bancos pesquisados foi de 9,44% ao mês, superior à do mês anterior, que foi de 9,13% ao mês, o que resultou um acréscimo de 0,31 pontos percentuais. Nenhuma queda foi constatada na taxa de juros do cheque especial.
As três maiores altas verificadas nas taxas de cheque especial foram:
O Procon-SP verificou que houve um grande número de alterações nas taxas de juros praticadas. A taxa média do cheque especial teve um aumento proporcionalmente maior que a taxa média do empréstimo pessoal e atingiu a maior marca desde março de 2000 (9,54% ao mês). Cerca de 50% dos bancos pesquisados aumentaram suas taxas. Neste mês, o banco que apresentou maior alta no cheque especial (Nossa Caixa – variação de 11,32%) continua figurando como o de menor taxa em ambas modalidades de crédito.
A taxa média do empréstimo pessoal manteve sua tendência de alta, e atingiu neste mês a maior marca desde abril de 1999 ( 6,25% ao mês).
Na reunião de fevereiro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM) decidiu elevar a meta para a taxa Selic em 1 (um) ponto percentual (de 25,50% para 26,50% ao ano) e aumentar a alíquota de recolhimento compulsório sobre recursos à vista (de 45% para 60%), com o intuito de contribuir para o recuo da inflação nos próximos meses. Entretanto, essas medidas de política monetária, aliadas às incertezas no cenário externo, têm efeito restritivo sobre a oferta de dinheiro, provocando seu encarecimento através de altas taxas de juros.
O consumidor deve refletir muito antes de contratar um empréstimo. Se o objetivo for saldar uma dívida no cheque especial, sem dúvida é preferível contratar um empréstimo pessoal, pois as taxas são menores. No entanto, se o objetivo for adquirir bens e esse objetivo não puder ser adiado, deve averiguar a possibilidade de um parcelamento sem juros ou comparar a taxa de financiamento praticada pelo estabelecimento comercial com a taxa de um empréstimo pessoal. A melhor opção é, sem dúvida, adiar certas decisões de consumo para um momento de conjuntura mais favorável.
Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo.
Vale lembrar, também, que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.
(AM)