A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, realizou entre os dias 2 e 4 de março, pesquisa sobre tarifas bancárias em dez instituições financeiras: HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Banco Nossa Caixa, Banco Real e Unibanco. A partir dessa coleta, os Bancos BBV e BCN não participarão mais da pesquisa, devido à aquisição pelo Banco Bradesco. Em comparação com a pesquisa anterior, realizada em setembro de 2003, o Procon-SP constatou um aumento significativo nos preços cobrados pelos produtos e serviços oferecidos pelos bancos.
Entre os 10 bancos escolhidos, 40 produtos e serviços foram analisados, sendo que 20 tiveram seus preços comparados. A maior diferença constatada foi de 369,57%, correspondente à emissão (abertura) e reemissão (perda/roubo/quebra) do cartão magnético da conta corrente especial. Nos bancos que cobram por este serviço, a maior tarifa encontrada foi de R$ 10,80, no Itaú, enquanto a menor foi de R$ 2,30, no Santander. Vale ressaltar que o Banco do Brasil e o Unibanco não cobram tarifa pela emissão (abertura).
Se confrontados com a inflação do período da última pesquisa, que foi de 3,97%, segundo o INPC, a média dos 20 produtos e serviços confrontados apresentou aumento de 11,73%.
O Procon-SP também analisou a evolução das cobranças bancárias de 1996 a 2004. Constatou, por exemplo, que 67% dos bancos cobravam pela renovação do cadastro de pessoa física, para contas correntes especiais, no ano de 1996. Em 2004, esse percentual já chega a 90%.
‘A pesquisa de tarifas bancárias tem por objetivo orientar o consumidor, tanto no aumento ocorrido em seus preços, quanto na diferença encontrada entre os diversos bancos. Assim o consumidor poderá saber qual instituição financeira atende melhor seus interesses e necessidades. Além do aspecto orientativo, a pesquisa possibilita que a Fundação tome ciência de novas práticas e cobranças existentes no mercado, e que, após análise, poderão ter sua legalidade contestada’, afirma Gustavo Marrone, diretor executivo da Fundação Procon-SP.
As tabelas e análises referentes à pesquisa estão disponíveis para download:
Da Assessoria de Imprensa do Procon-SP
C.A.