Na segunda semana do mês de agosto de 2002, o valor da Cesta Básica teve alta de 0,77%, segundo pesquisa diária da Fundação Procon-SP, órgão da Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania, em convênio com o Dieese. O preço médio, que no dia 8 de agosto era R$ 164,51, passou para R$ 165,78 no dia 15.
Por grupo, foram constatadas as seguintes variações: Alimentação, 0,75%, Limpeza, -3,04% e Higiene Pessoal, 4,64%, ficando com variação acumulada no mês de 3,49% (base 31 de julho) e nos últimos 30 dias de 4,09% (base 15 de julho). No ano, a cesta variou 4,79% (base 28 de dezembro de 2001), e nos últimos 12 meses registrou 11,26% (base 15 de agosto de 2001).
No período de 9 a 15 de agosto deste ano, os produtos que mais subiram foram:
Papel higiênico fino branco (pacote 4 unidades): 12,28%;
– frango resfriado inteiro (kg): 6,17%;
– biscoito maizena (pacote 200 g): 4,60%;
– óleo de soja (900 ml): 3,85%;
– lingüiça fresca (kg): 3,76%.
As maiores quedas foram:
– Batata (kg): -12,98%;
– cebola (kg): -6,17%;
– sabão em pó (pacote 1 kg): -4,51%;
– sabão em barra (unidade): -3,33%;
– margarina (pacote 250 g): -3,17%.
Nesta semana, os supermercados com os melhores preços da cesta básica foram:
Barateiro (Zona central)- R. das Palmeiras, 187 – Santa Cecília; Ourinhos (Zona Norte)- Av. Cel. Sez. Fagundes, 2698 – Jd. Tremembé; Estrela Azul (Zona Leste)- Praça Porto Ferreira, 48 A – Vila Guilhermina; Barateiro (Zona Sul)-R. Domingos de Morais, 316 – Vila Mariana; Futurama (Zona Oeste)- Rua Pinheiros, 1518 – Pinheiros.
Dos 31 produtos pesquisados, na variação semanal, 20 apresentaram alta, nove diminuíram de preço e dois permaneceram estáveis. Os produtos que mais pressionaram a ALTA no período, considerando os respectivos pesos na cesta, foram nesta ordem: Papel Higiênico Fino Branco (pacote 4 unididades): 0,51%; Frango Resfriado Inteiro (kg): 0,30%; Óleo de Soja (900 ml): 0,18%; Carne de Primeira (kg): 0,15%; Carne de Segunda s/ Osso (kg): 0,12%.
Nesta segunda semana de agosto a Cesta Básica apresentou alta de 0,77%. O produto que apresentou a maior alta foi o papel higiênico, com variação de 12,28%, reflexo da desvalorização cambial e das altas cotações no mercado internacional da celulose, matéria-prima utilizada na sua produção.
A redução da oferta de frango pelos maiores produtores do país somada a uma pequena elevação de consumo observada por conta da volta às aulas, podem ter sido a razão do aumento do preço do frango registrado na cesta básica desta semana (6,17%).
Por conta principalmente do aumento no preço do milho e do farelo de soja – componentes básicos para a confecção da ração – o custo de produção da carne suína aumentou. Esta pode ser a principal causa para ocorrência da alta da carne suína e seus derivados, sobretudo da lingüiça fresca, equivalente a 3,76% observada na cesta básica.
Acompanhando a alta internacional da soja e de seus derivados verificada nesta semana, o óleo de soja teve variação positiva na Cesta Básica de 3,85%. O relatório divulgado nesta semana pelo USDA, órgão norte americano, que apontou problemas com a safra da soja face ao clima desfavorável nas regiões produtoras (meio-oeste americano), aliado à redução dos estoques mundiais sustentaram as cotações na Bolsa de Chicago, refletindo-se também nos preços da soja no Brasil.
