Na quarta semana de pesquisa do mês de maio de 2002, o valor da cesta básica teve alta de 0,10%, revela pesquisa diária da Fundação Procon-SP, vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo, em convênio com o Dieese. O preço médio, que no dia 23/5/2002 era R$ 154,73, passou para R$ 154,88 em 29/5/2002. Por grupo, foram constatadas as seguintes variações: Alimentação, 0,53%, Limpeza, -3,52% e Higiene Pessoal, 0,70%, ficando a variação acumulada, no mês de Maio, em 0,38% (base 30/4/2002) e nos últimos 30 dias, em 0,85% (base 29/4/2002). No ano, a cesta variou -2,10% (base 28/12/2001), e nos últimos 12 meses, 5,72% (base 29/5/2001).
No período de 24/5/2002 a 29/5/2002, os produtos que mais subiram foram:
– Carne de Primeira (kg): 5,13%
– Queijo Muzzarela Fatiado (kg): 3,67%
– Cebola (kg): 3,48%
– Óleo de Soja (900 ml): 3,28%
– Feijão Carioquinha (pac. 1 kg): 2,72%
As maiores quedas foram:
– Batata (kg): -7,91%
– Absorvente Aderente (pac. 10 unid.): -5,93%
– Sabão em Pó (pac. 1 kg): -4,62%
– Carne de Segunda sem osso (kg): -4,55%
– Sabão em Barra (unid.): -3,23%
Nesta semana, os supermercados com os melhores preços da cesta básica foram:
SÃO PAULO Estrela Azul Pça. Porto Ferreira, 48 A – Vila Guilhermina
CENTRO Futurama Av. Angélica, 546 – Sta. Cecília
NORTE Andorinha Av. Parada Pinto, 2262 – Vila Amália
LESTE Estrela Azul Pça. Porto Ferreira, 48 A – Vila Guilhermina
SUL Barateiro R. Ibirarema, 100 – B. Saúde
OESTE Carrefour Av. Prof. Francisco Morato, 2718 – Butantã
Dos 31 produtos pesquisados, na variação semanal, 14 apresentaram alta, 11 diminuíram de preço e seis permaneceram estáveis. Os produtos que mais pressionaram a ALTA no período, considerando os respectivos pesos na cesta, foram nesta ordem: Carne de Primeira (kg): 0,52%; Arroz – Tipo 2 (pac. 5 kg): 0,16%; Óleo de Soja (900 ml): 0,13%; Feijão Carioquinha (pac. 1 kg): 0,10%; Queijo Muzzarela Fatiado (kg): 0,10%.
Os produtos do grupo Alimentação destacaram-se, nesta semana, indicando as maiores variações positivas na cesta básica, que apresentou alta de 0,10%. O grupo Higiene Pessoal acompanhou a alta da cesta, com 0,70% e o de Limpeza apresentou variação negativa, 3,52%.
A carne de primeira teve a maior variação positiva, com inversão do comportamento apresentado na semana anterior. Há indícios de retração no mercado externo, face ao retorno da carne argentina, ressurgindo como concorrente, inclusive com preços mais baixos, devido à desvalorização do peso. No mercado interno, há uma demanda menor, em parte ocasionada pelo aumento do consumo de frango, que tem se apresentado como alternativa mais barata.
Segundo análises de mercado, o preço pago ao produtor de leite tem apresentado alta nos últimos trinta dias, cerca de 7,7%. No entanto, há probabilidade de retração da demanda nos próximos meses, dificultando o escoamento da produção. Para o setor, a situação pode ser semelhante ao que ocorreu em 2001, quando houve queda dos preços durante a safra, que se estende de outubro a março. Nesta semana, tanto o leite em pó integral como alguns derivados do leite, caso do queijo muzzarela, indicaram variação positiva na Cesta, 0,72% e 3,67% respectivamente.
O preço da cebola continua apresentando alta, apesar das oscilações registradas no decorrer da semana. A maior parte do produto disponível é proveniente da Argentina. Porém, a safra da região de Piedade, interior de São Paulo, já está sendo colhida, o que pode significar uma pressão para baixo nos preços, face ao aumento da oferta.
Produtores brasileiros de soja estão restringindo as vendas, acreditando numa recuperação dos preços. Esta estratégia tem dado bons resultados, acompanhando a tendência de alta no mercado externo. Segundo analistas do setor, o complexo soja (grão, farelo, óleo) atingiu seu melhor desempenho em nove meses. Embora tenha indicado uma variação negativa na semana passada, -0,81%, o comportamento do preço do óleo de soja na Cesta Básica tem sido ascendente, destacando-se nesta semana com uma variação positiva de 3,28%.
O feijão carioquinha vem indicando oscilações de preços na Cesta Básica nas últimas semanas. No entanto, nesta última, houve uma alta mais significativa: 2,72%; reflexo, em grande parte, da intensa movimentação de compradores nas áreas de venda para varejo. A retenção da mercadoria, por parte dos produtores, em função de alterações climáticas adversas (chuvas e baixas temperaturas), colaboraram para este quadro de alta na semana.
