Defesa da Cidadania: Procon-SP divulga pesquisa sobre juros bancários

Taxa média mensal observada entre os 13 bancos pesquisados para o empréstimo pessoal foi de 5,63%

qui, 12/09/2002 - 11h29 | Do Portal do Governo

Os resultados do levantamento sobre juros bancários feito pela Fundação Procon-SP, órgão da Secretaria da Justiça do Governo do Estado de São Paulo, nos dias 4 e 5 de setembro revelam que a taxa de juros média para o cheque especial manteve-se em 8,76% ao mês, não tem sido verificada qualquer alteração desde maio deste ano.

Já a taxa média mensal observada entre os 13 bancos pesquisados para o empréstimo pessoal foi de 5,63% (inferior à de agosto, de 5,69%, significando decréscimo de 0,06 pontos percentuais). Com relação ao cheque especial verificou-se que a maior taxa mensal foi de 9,50% (BCN) e a menor, 7,95% (Nossa Caixa).

A maior taxa mensal observada para a modalidade empréstimo pessoal foi de 6,95% (Itaú) e a menor foi de 3,95% (Nossa Caixa). As quedas apuradas neste caso ocorreram no Unibanco, Banco Real e Santander. O Unibanco alterou a taxa de 6,50% para 5,90% ao mês (decréscimo de 0,60 pontos percentuais, representando variação de – 9,23% em relação à taxa praticada em agosto).

O Banco Real modificou a taxa de 5,95% para 5,75% ao mês (decréscimo de 0,20 pontos percentuais, implicando em variação de -3,36%). O Santander mudou a taxa mensal de 6,06% para 5,99% (decréscimo de 0,07 pontos percentuais, significando variação de -1,16%).

Das instituições pesquisadas a única instituição financeira que aumentou a taxa de empréstimo pessoal foi o BBV, que a modificou de 4,20% para 4,40% ao mês (acréscimo de 0,20 pontos percentuais, representando variação de 4,76% em relação à taxa praticada no mês anterior).

Tendo em vista os resultados obtidos no levantamento, os técnicos de Estudos e Pesquisas da Fundação Procon-SP observam que o cenário econômico continua adverso e os recentes acordos com o FMI não têm sido suficientes para reestabelecer a confiança dos investidores externos no Brasil. Como resultado, as taxas de câmbio e de risco-país permanecem em patamares elevados. Esse quadro agrava-se pelas expectativas geradas pela eleição presidencial.

Diante desses fatos, bem como do impacto da desvalorização cambial sobre os preços, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil) optou pela manutenção da taxa de juros básica (Selic) em 18,00%, conforme reunião realizada em agosto. A manutenção da taxa básica de juros já era esperada pela maioria dos analistas e não surpreendeu o mercado.

O resultado da pesquisa mensal de taxa de juros da Fundação Procon-SP confirmou essa tendência, mas a pequena queda verificada para o empréstimo pessoal não deve encorajar o consumidor para o uso desses serviços, pois as taxas cobradas nas duas modalidades pesquisadas ainda continuam altas. Os técnicos do Procon, alertam: o limite do cheque especial não é uma extensão do salário e, portanto, deve ser utilizado com muito critério.

Os 13 bancos que fizeram parte da coleta foram: Banco Bilbao Vizcaya Brasil-BBV, Banco do Brasil, Banespa, BCN, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Mercantil de São Paulo, Nossa Caixa, Real, Santander e Unibanco.

A Fundação Procon-SP coloca o resultado da pesquisa à disposição dos interessados para consulta nos postos de atendimento pessoal (Poupatempo Sé, Itaquera, Santo Amaro) ou pelo telefone 3824-0446). Pela Internet, o resumo da coleta pode ser consultada no endereço: www.procon.sp.gov.br

Da Assessoria de Imprensa do Procon-SP