Defesa Civil estadual inicia planos preventivos para chuvas de verão

Plano Antiterrorismo é apresentado para coordenadores regionais das 15 regiões administrativas do Estado

O verão está chegando. E com ele, as chuvas que provocam enchentes e escorregamentos de encostas. Para retirar as pessoas de áreas de risco e evitar mortes causadas por esses problemas, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil mantém planos preventivos específicos para o verão. Nesta quarta-feira, dia 28, a coordenadoria estadual está reunida, no Palácio dos Bandeirantes, com coordenadores das 15 regiões administrativas da Defesa Civil do Estado para a articulação dos trabalhos preventivos. Na reunião também estão sendo apresentadas as orientações gerais para o Plano Antiterrorismo, que a Defesa Civil está desenvolvendo e que vai abranger o trabalho de dez Secretarias Estaduais.

A primeira reunião para elaboração do plano de contingência para eventuais atos terroristas aconteceu no último dia 14, também no Palácio dos Bandeirantes, e contou com a participação de órgãos técnicos da Defesa Civil e das Secretarias da Agricultura e Abastecimento; Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo; Recursos Hídricos, Saneamento e Obras; Transportes Metropolitanos; Segurança Pública; Saúde; Meio Ambiente; Transportes; Energia; e Educação. Cada Secretaria vai elaborar um plano específico para sua área de atuação, que deverá ser apresentado em duas semanas.

De acordo com o coordenador-adjunto da Defesa Civil, coronel Adauto Luiz Silva, o plano geral de contingência para eventuais atos terroristas vai ser elaborado a partir dos resultados dessas reuniões preliminares.

Planos preventivos para as chuvas de verão

‘Os planos preventivos para as chuvas de verão já têm regularidade. São planos que deram certo, evitaram mortes’, afirmou o coronel Adauto. ‘Nos últimos anos, não tivemos notícias de mortes porque eles têm esse caráter preventivo de tirar as pessoas das áreas de risco quando o perigo aumenta devido às chuvas e disponibilizar os meios do Estado para as comunidades ou municípios que tenham necessidade nesses casos de enchentes ou escorregamento de serras ou encostas.’

O coordenador-adjunto explicou que a reunião de hoje marca o término da fase preparatória e o início da fase de operações do plano. ‘Na fase preparatória, tivemos reuniões com comunidades que podem ser atingidas por enchentes ou escorregamentos de encostas em todo o Estado. E agora, essa reunião é o lançamento propriamente dito do programa, quando nós vamos começar a parte de operação do programa’, disse.

Ao todo, existem quatro Planos Preventivos para Chuvas de Verão: Vale do Ribeira, Vale do Paraíba, Serra do Mar e Região Metropolitana. Cada um elaborado em função das características da região atendida.

No Vale do Ribeira, o problema são as enchentes. ‘Quando o Rio Ribeira e seu afluentes atingem um determinado nível, as pessoas devem ser retiradas para salvar os bens e a vida’, explicou o coronel Adauto. Essas pessoas são levadas para abrigos já definidos pela Defesa Civil, que normalmente são escolas e departamentos públicos do Estado.

O Plano Preventivo da Serra do Mar abrange todo o Litoral, que sofre com os escorregamentos. Nesses casos, as pessoas são retiradas das áreas de risco quando as chuvas são muito freqüentes ou muito intensas. ‘De acordo com a norma técnica, dois dias com chuvas freqüentes já causam preocupação’, afirmou o coordenador. As comunidades que vivem nas áreas próximas das encostas foram preparadas pela Defesa Civil para reconhecer os sinais de perigo de escorregamento. As pessoas já sabem que devem deixar suas casas e se dirigir para os abrigos montados pelas Defesas Civis dos municípios envolvidos. ‘Conseguimos, com isso, evitar mortes. As pessoas, antes de acontecer o fato, já saem do local’, destacou Adauto.

A região do Vale do Paraíba é atingida pelos dois problemas – as enchentes do Rio Paraíba e os escorregamentos de encostas da Serra da Mantiqueira.

Na Região Metropolitana de São Paulo, a Defesa Civil do Estado atua como coordenadora das ações municipais. ‘Essa é uma região mais complexa que todas as outras. Temos municípios coligados e o que acontece em um município, afeta o outro’, ressaltou o coordenador. ‘Os nossos planos aqui são muito mais baseados na ação conjunta entre os municípios da área metropolitana.’

Cíntia Cury