Cursos profissionalizantes são opção para quem não pode pagar faculdade

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qui, 13/12/2001 - 17h55 | Do Portal do Governo


As universidades públicas estaduais e federais absorvem menos de 20% dos alunos que saem da rede pública estadual. A maioria dos estudantes que optam por fazer uma faculdade precisa pagar para ter curso superior.

Osmar Marques de Souza Júnior mora em Caieiras, região da Grande São Paulo, e tem 18 anos. Ele terminou o Ensino Médio no ano passado e está concluindo o curso de gestão empresarial no Senac, oferecido pelo Programa Profissão. Ele já trabalhava como treinador numa rede de fast food quando iniciou o curso.

‘Quando me formei, via a faculdade como um sonho. Mesmo trabalhando, não tinha potencial financeiro para pagar as mensalidades’, afirmou. ‘Hoje, vejo a faculdade como uma meta. Estou preparado para conquistar um emprego melhor. Já recebi convite para começar um estágio no ano que vem e pretendo iniciar a faculdade no segundo semestre’. Osmar afirma que o curso também serviu para definir melhor que carreira seguiria. ‘Eu queria fazer psicologia, mas descobri que gosto mesmo de economia’, disse.

Para Solange Antunes Anastácio, que mora em Jandira, região da Grande São Paulo, e tem 19 anos, o curso de assistente em gestão empresarial está abrindo as portas para a criação de uma microempresa. Ela e dois amigos decidiram fabricar chinelos como projeto de formatura. A idéia deu certo e agora vão tentar montar uma empresa.

‘Estamos procurando os responsáveis pelas áreas de compras de supermercados e lojas de calçados para tentar vender nosso produto’, contou. Eles ainda usam equipamentos emprestados, mas Solange acredita que assim que conseguirem comercializar os chinelos, terão capital para comprar os próprios equipamentos.

Janlucas Silva Correia, de 20 anos, é estagiário numa empresa de auditoria. Ele concluirá o curso de gestão empresarial em março do ano que vem e foi procurado pela empresa para trabalhar lá. Como balconista, Janlucas ganhava R$ 380 por mês. Atualmente, ele recebe R$ 500 mensais e tem possibilidade de ser efetivado como agente de crédito quando concluir o curso.
‘Isso acontece porque os cursos são ministrados por entidades reconhecidas em todo o País. Elas são referência para muitas empresas’, afirmou Neubauer.

Cíntia Cury

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