Curso: USP comemora Dia do Bibliotecário com palestra sobre avanços da profissão

Profissional está mais valorizado e pode ser pesquisador autônomo e ordenar informações para internet

qua, 12/03/2003 - 11h15 | Do Portal do Governo

Da Agência Imprensa Oficial


Com a informatização, a partir da década de 90, a função de bibliotecário está mais valorizada e quem exerce a atividade passou a desempenhar inúmeras outras tarefas, além de catalogar e classificar informações dispostas em bibliotecas. Agora, os profissionais da área têm muito mais motivos para comemorar.

Para prestigiá-los, a USP promove nesta quarta-feira, dia 12, às 14 horas, palestra com o tema “Novas condutas de gestão dos serviços de informação”. O evento, com inscrições esgotadas, ocorre no Auditório da Faculdade de Educação, na Avenida da Universidade, 308 – bloco B – Cidade Universitária.

A consultora do sistema de arquivos e professora do departamento de biblioteconomia e documentação da USP, Johanna Wilhelmina Smit, indica que, atualmente, o profissional pode trabalhar em bibliotecas tanto na direção como no desempenho de funções técnicas (catalogar e organizar informações), auxiliando o usuário.

O bibliotecário está apto a exercer cargo de pesquisador autônomo a fim de prestar serviço a empresas, estudantes e ao público interessado e também capacitado a ordenar informações diversas (como conteúdo de livros) e inseri-las em centros de documentações e serviços ligados à internet. “Muitas pessoas ainda não sabem qual profissão é adequada para a catalogação de conteúdos na internet”, alerta a consultora.

Vestibular concorrido

A professora acredita que a rede mundial trouxe benefícios, mas não chega a ser a solução para todos os problemas. “Sempre foi verdade que há muita informação e pouca consciência de acesso a ela. Como saber se um livro de determinado assunto, produzido no Canadá, está na Net? Faltam critérios para determinar o que é válido e o que não é. Muitas vezes sai mais barato ir à biblioteca que ficar procurando na internet.”

A formação universitária na área tem aumentado. No vestibular deste ano foram 13,71 candidatos por vaga, e o perfil do profissional modificou. “A partir da década de 90, com o advento da informática, a área (antes mais procurada pelas mulheres) passou a abrigar ambos os sexos. Os bibliotecários são valorizados e há pouquíssimo índice de desemprego.”

Arquivologia

Johanna insiste em que os recém-formados e mesmo os que estão na função há algum tempo, continuem estudando. Ressalta que são necessários cursos de especialização, atualizar-se nos programas de informática e dominar o idioma inglês.

No país, 36 faculdades oferecem o curso, sendo que sete delas estão localizadas no Estado de São Paulo. Além da graduação, a USP tem o curso de especialização em organização de arquivos, com carga horária de 424 horas. A universidade tem também projeto de futura criação de curso superior na área de Arquivologia.

Os uspianos e o público externo têm à disposição rede de bibliotecas da USP. O site www.usp.br assegura aos usuários acesso ao sistema integrado de bibliotecas e possibilita pesquisas interligadas nas bibliotecas dos cursos de humanas, biológicas e exatas.

Viviane Santos

(AM)