Sucesso de público, com mais de 130 mil visitantes, a mostra Albert Eckhout Volta ao Brasil 1644-2003, em cartaz na Pinacoteca do Estado, termina neste domingo. Esta é a primeira vez que as 24 telas (12 naturezas-mortas, 8 retratos etnográficos, 3 retratos do emissário do Congo e a tela ‘Dança dos Tapuias’) saíram do conjunto da Dinamarca. O holandês Albert Eckhout (1610-1665) veio ao Brasil contratado pelo então governador do Brasil, Maurício de Nassau. A missão científica da qual fazia parte tinha o intuito de registrar os feitos holandeses no ‘Novo Mundo’, assim como documentar a natureza e estudar o território. Exatamente por ter como objetivo o registro científico, a obra de Eckhout foi considerada por muito tempo apenas documento histórico. Mas, a partir da década de 1970, a riqueza das obras foi reconhecida e hoje, indiscutivelmente, elas fazem parte da história da arte mundial.
As telas de Eckhout nos ajudam a entender como os europeus viam e interpretavam o Brasil, um lugar diferente, com novas representações visuais e, portanto, novas possibilidades para o artista. Apesar do caráter de estudo das telas, algumas em tamanho natural, é fácil identificar elementos pictóricos próprios do artista, como o fundo das naturezas-mortas representados por um céu azul levemente nublado. Ao contrário das naturezas-mortas tradicionais pintadas na Europa, com fundo neutro.
Albert Eckhout Volta ao Brasil 1644-2003,
Até 30/03, das 10h às 20h
Pinacoteca do Estado
Praça da Luz, nº 2 – Fone: (11) 229-9844
Entrada franca
Mais Informações
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