Cultura: Secretária quer ampliar universo de leitores no Estado

Cláudia Costin pretende criar programas de incentivo à leitura para todas as faixas etárias

qua, 15/01/2003 - 11h05 | Do Portal do Governo

Garantir acesso à cultura a toda a população paulista e transformar São Paulo num Estado de leitores estão entre os principais objetivos da secretária de Estado da Cultura, Cláudia Costin, que assumiu a pasta no início deste mês e nesta terça-feira, dia 14, visitou a Imprensa Oficial. “Quero fazer com que a boa leitura, a boa música e outras formas de manifestação cultural cheguem a todos”.

Para tentar reverter o quadro que mostra que o brasileiro lê pouco, a secretária suscita pesquisa divulgada pelo Ibope em 2002, indicando que aproximadamente 26% dos adultos do País não são capazes de ler e entender um livro. Ela pretende criar programas de incentivo à leitura em todas as faixas etárias. “São Paulo tem condições de dar um exemplo para todo o Brasil”, acredita.

“Um dos motivos pelos quais nossas crianças e jovens não lêem é porque nem seus pais, nem seus professores lêem. Quem não lê não tem discernimento, nem poder de crítica.” Ela acha possível treinar os professores e despertar neles o gosto pela leitura. “Assim eles poderão estimular seus alunos e fazer com que eles desenvolvam o hábito de ler”.

Costin também quer estudar, junto à Secretaria de Estado da Educação, uma adequação dos livros às diferentes faixas etárias dos estudantes. E anunciou que a Secretaria de Estado da Cultura terá participação ativa no Circuito Paulista do Livro, promovido pela Imprensa Oficial: “Promover feiras de livros, como a Imprensa Oficial faz, e trabalhar com as bibliotecas locais também é um meio de incentivar a leitura”.

Prioridade

Administradora, a nova secretária de Estado da Cultura está visitando todos os departamentos de sua pasta para inteirar-se de projetos, acertos e dificuldades. “Vamos dar prioridade a programas que já deram certo, como o Projeto Guri e São Paulo de Todos os Povos”.

Também está nos seus planos a profissionalização da Secretaria de Estado da Cultura. Ela quer investir no treinamento de pessoal. “Ficarei satisfeita se transformar São Paulo em um Estado de leitores e deixar a secretaria profissionalizada.”

Perfil

Cláudia Costin tem 46 anos e é formada em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, onde também cursou mestrado e doutorado. No governo federal ocupou os cargos de diretora de Planejamento e Avaliação do Ministério da Economia, secretária-executiva de Previdência Complementar no Ministério da Previdência, secretária-executiva e ministra da Administração Federal. Foi também, por dois anos, gerente da Área de Setor Público e Combate à Pobreza para a América Latina no Banco Mundial. Presidiu a Câmara Brasileira de Investidores em Energia Elétrica, até assumir a pasta da Cultura.

Sirlaine Aiala
Da Agência Imprensa Oficial

A.M.