Cultura: Sarau Literomusical homenageia Adoniran Barbosa na Oficina Raul Seixas

Será nesta terça-feira, dia 30, às 19 horas

ter, 30/03/2004 - 7h54 | Do Portal do Governo

Dentro das comemorações dos 450 da cidade, a Secretaria de Estado da Cultura está homenageando, ao longo deste semestre, personalidades do meio artístico, com a série Saraus Literomusicais Paulistanos, nas oficinas culturais da capital.

Nesta terça-feira, dia 30, às 19 horas, o homenageado é o compositor e cantor paulista Adoniran Barbosa, na Oficina Raul Seixas, no Tatuapé. O evento terá a participação da cantora Célia, acompanhada do violonista e cantor Zé Luiz Mazziotti, e do ator e diretor teatral Oswaldo Mendes, tendo como mestre de cerimônia a diretora teatral Neyde Veneziano, livre docente pela Usp, e autora de vários livros sobre teatro, tendo recebido vários prêmios como diretora.

Adoniran Barbosa nasceu em 1910. Filho de imigrantes italianos abandonou os estudos ainda no primário para trabalhar. Foi tecelão, balconista, pintor de paredes e garçom. No início da década de 30, passou a freqüentar os programas de calouros da Rádio Cruzeiro do Sul em São Paulo. Em 1933, conquistou o primeiro lugar no programa de Jorge Amaral cantando Filosofia, de Noel Rosa.

A convite de Otávio Gabus Mendes transferiu-se para a Rádio Record, em 1941, onde começou sua carreira de ator na série de radioteatro Serões Domingueiros. Na Record, conheceu o produtor Osvaldo Moles, responsável pela criação e pelo texto dos principais tipos interpretados por ele. Os dois trabalharam juntos 26 anos, dividindo também a criação de vários sambas, como os clássicos, Tiro ao Álvaro e Pafúncia.

O impulso na carreira de compositor veio em 1951, quando o grupo Demônios da Garoa foi premiado no Carnaval paulista com o samba Malvina, de sua autoria. Criadas por Adoniran, as crônicas da vida paulistana tornaram-se conhecidas em todo Brasil na interpretação dos Demônios da Garoa. Saudosa Maloca, gravado sem sucesso em 1951, foi registrada por eles em 1955 e por Elis Regina nos anos 70. Do mesmo ano é a gravação de O Samba do Arnesto. Mas foi Trem das Onze, de 1964, seu maior sucesso. Adoniran Barbosa morreu em 1982, aos 72 anos, pobre e quase esquecido.

Saraus Literomusicais Paulistanos: homenageado Adoniran Barbosa
Dia 30 de março, terça-feira, às 19 horas, com entrada franca

Oficina Cultural Raul Seixas
R. Inspetor Mário Teixeira, 70 – Tatuapé
Tel. (11) 6671-9073 / 6672.0466

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Cultura

C.C.