Cultura: Parte pedagógica representa 70% do Festival de Inverno de Campos do Jordão

Professores de nível internacional e curso de regência orquestral são alguns dos destaques

qua, 16/07/2003 - 14h18 | Do Portal do Governo

Como o objetivo desta edição do Festival de Inverno de Campos do Jordão – promovido pela Secretaria de Estado da Cultura – é dar ênfase à parte pedagógica, todo o programa executado pelas orquestras foi cuidadosamente pensado para proporcionar aos bolsistas uma reflexão da música do século XIX e XX.

Segundo o diretor pedagógico do evento, professor Sígrido Levental, até o momento, não houve nenhuma apresentação artística que não fosse objeto de engrandecimento músico-intelectual.

Para se ter uma idéia, a parte pedagógica representa pelo menos 70% do Festival, já que ele foi concebido para permitir um aprimoramento musical de jovens músicos, futuros integrantes de orquestras.

Entre as muitas novidades preparadas para este ano, destaca-se o retorno do curso de regência orquestral, permitindo aos estudantes exercitar tal prática com uma orquestra completa durante todo o mês.

Paulo Nogueira, regente assistente da Orquestra Experimental de Repertório e do curso de Regência ressalta a importância desta iniciativa para o desenvolvimento artístico dos alunos. ‘Há alguns anos, quando aconteceu o último curso de Regência no Festival eu era bolsista. Aliás, foi graças a esta oportunidade que as portas se abriram e eu tive a felicidade de poder ingressar na Orquestra e ser assistente de um dos maestros mais talentosos da atualidade, Jamil Maluf’.

Ele acrescenta que atuar como professor é um exercício totalmente diferente. ‘Quando observo os alunos, sinto como se revivesse uma parte da minha vida e procuro dar o melhor de mim para que eles também possam ter novas oportunidades. Além disso, não é porque sou professor que não tenho mais nada a aprender, muito pelo contrário. Compartilhar essas experiências musicais nos ajuda a enriquecer ainda mais e proporciona uma grande reflexão musical’.

Outra novidade é que o corpo docente foi ainda mais reforçado, com músicos renomados nacionais e internacionais. O violoncelista Cláudio Jaffé é um desses exemplos. Há 20 anos afastado dos palcos brasileiros retornou à terra natal apenas para participar do Festival. Ele foi para os Estados Unidos com 16 anos. Lá se firmou como artista de primeira linha, tocando com freqüência em recitais e concertos com orquestra em vários estados americanos. Apresentou-se com regentes do calibre de Zubin Mehta, Jean Claude Casadesus, Eleazar de Carvalho em prestigiosas salas de concertos do mundo. Atualmente é Dean do Conservatórios de Música da Universidade de Lynn na Flórida, onde reside.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Cultura

M.J.