Cultura: Organização Social assume gestão das Oficinas Culturais do Estado

Entidade sem fins lucrativos passa a gerir recursos e projetos das 20 sedes do programa

seg, 31/01/2005 - 9h04 | Do Portal do Governo

A Secretaria de Estado da Cultura firmou contrato para que as Oficinas Culturais sejam administradas pela Organização Social (OS) Associação Amigos das Oficinas Culturais do Estado de São Paulo. A entidade, pessoa jurídica de direito privado e sem fins lucrativos, passa a gerir recursos e projetos das 20 sedes de oficinas mantidas pela pasta, além dos atuais 211 funcionários fixos e aproximadamente 500 temporários, contratados como arte-educadores ou “oficineiros”. A associação será presidida pelo professor e cineasta Rudá de Andrade, filho do escritor Oswald de Andrade.

Essa nova forma de gestão não deve ser confundida com privatização de órgão público, já que o Estado não se desfaz de seu patrimônio, mas repassa os recursos necessários e acompanha diretamente a execução das atividades exercidas pela OS, para atingir as suas metas e objetivos. “Teremos, dentro da secretaria, apenas um núcleo para definir, avaliar e fiscalizar ações e metas da OS”, informou o diretor do Departamento de Formação Cultural (DFC) e responsável pelo processo de transição, Fernando Calvozo.

A adoção do novo modelo faz parte da reforma administrativa da secretaria, que já orientou a assinatura de dois outros contratos. Um com a Associação Paulista dos Amigos da Arte, que assumiu as atividades ligadas ao teatro, e outro com a Associação Amigos do Projeto Guri, empreendimento sócio-cultural que consiste na socialização por meio da música, visando à formação de orquestras-escola, corais e grupos musicais na faixa etária de 8 a 19 anos.

Busca de parcerias – O próximo passo é migrar para o novo modelo os seguintes museus: Memorial do Imigrante, Museu da Imagem e do Som (MIS), Pinacoteca, Museu da Casa Brasileira e Paço das Artes, sendo uma OS para cada. Os outros três espaços da secretaria que passarão pelo mesmo processo são o Centro de Estudos Musicais Tom Jobim, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) e Conservatório de Tatuí.

De acordo com a secretária Claudia Costin, cada contrato assinado traz um modelo de gestão específico desenvolvido para a atividade cultural do respectivo espaço. “Estou certa de que o novo formato permitirá que a política cultural seja mais transparente e implantada de forma mais ágil e menos burocrática”, observou a secretária.

Claudia Costin ressalta que a reestruturação dá condições de sustentabilidade e novos investimentos para a pasta. “Já conseguimos, por exemplo, destinar uma sede para a Jazz Sinfônica, realizar um festival de inverno, em Campos de Jordão, com a qualidade exigida pelas treinadas platéias de primeiro mundo, a reabertura do MIS, do Parque Modernista e da Estação Pinacoteca.”

Criadas em 1984, as Oficinas Culturais estão localizadas na capital e interior do Estado. Oferecem, gratuitamente, para o público em geral, cursos nas diversas áreas da arte. São atividades de dança, teatro, literatura, artes plásticas, cinema, vídeo, circo, meio-ambiente, rádio, vidro, fotografia, histórias em quadrinhos, música, entre outras.

Outra característica do projeto é a busca de parcerias para aumentar ainda mais esse universo de formação cultural, incluindo cursos ministrados fora das sedes, em espaços alternativos, como escolas, centros comunitários e penitenciárias. São valorizadas também as temáticas regionais, além de espaço para o convívio entre portadores de necessidades especiais com a sociedade, por meio da interação cultural.

Da Agência Imprensa Oficial

C.C.