O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) apresenta no Espaço Cultural do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), exposição sobre o Feminismo no Brasil.
A idéia, implantada pelo novo superintendente do Instituto, Milton Flávio Marques Lautenschlager, é trazer a arte para dentro do hospital, mostrando a nova faceta da humanização, a convalescença pela arte.
A mostra conta com 20 painéis, realizados pelo sistema de bibliotecas públicas do Estado de São Paulo, trazidos pelo instituto em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura. Os painéis retratam a história da participação das mulheres nos diversos cenários da sociedade brasileira, bem como suas conquistas e lutas.
Entre os feitos alcançados estão as participações políticas da mulher no período colonial. É o caso de Bárbara Heliodora que, em 1789, na Inconfidência Mineira, impediu que seu marido se tornasse um traidor denunciando seus companheiros.
A atuação feminista também esteve presente no período imperial de 1822 a 1889, época em que as mulheres reclamaram seu direito à educação, já que o ensino oficial, no ano de 1827, só dava acesso às mulheres ao curso primário.
O papel dessas feministas também teve relevância na primeira, segunda e terceira repúblicas. Na 1ª, o trabalho se tornou assalariado e as indústrias absorveram a mão-de-obra feminina. Nessa ocasião, foi criada a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, dirigida por Bertha Lutz, para defender os direitos da mulher, inclusive ao voto.
A exposição mostra ainda que, em 1927, o Brasil teve sua primeira eleitora qualificada, a senhora Maria Teixeira Dantas. A segunda elegeu as primeiras deputadas constituintes da história política do país, Carlota Pereira de Queiroz e Bertha Lutz. Na terceira, comemorou-se o Ano Internacional da Mulher.
A luta não terminou
Quem visitar o corredor de vidro do HSPE descobrirá também que as mulheres se uniram contra a decisão da Justiça de absolver criminosos sob alegação de crimes de honra; que lutaram para que todas, sem distinção de idade, cor, fossem igualmente atendidas; que as mulheres negras também tiveram um papel fundamental na conquista por direitos e uma sociedade menos preconceituosa.
Os pacientes, seus familiares, visitantes e funcionários do Iamspe, que circularem nos próximos 30 dias pelo corredor de vidro do hospital, poderão descobrir nos painéis que essa luta ainda não terminou.
A mulher continua lutando por um espaço mais justo e igualitário não somente no mercado de trabalho mas, também, em outros segmentos da sociedade brasileira.
A exposição ocorre no Hospital do Servidor Público Estadual, à Rua Pedro de Toledo, 1.800, Vila Clementino. Mais informações pelo telefones (11) 5088-8000.
Da Agência Imprensa Oficial/L.S.
