CPTM: Vai construir mais de 13 km de muros em seis linhas ferroviárias

Iniciativa visa dificultar o acesso de pedestres à via férrea

qui, 13/01/2005 - 10h00 | Do Portal do Governo

A Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM) trabalha em um programa para a construção de 13.116 metros de muros, nas seis linhas do sistema (A, B, C, D, E e F), em determinados pontos do leito ferroviário, ainda desprovidos de isolamento.

A iniciativa tem o propósito de dificultar o acesso de pedestres à via férrea, além de coibir a evasão de renda. O sistema de trens metropolitanos tem 540 km de vias, 270 km em cada sentido.

No final de 2004, após concorrências públicas, foram firmados dois contratos para a vedação da faixa ferroviária no valor total de R$ 4,9 milhões, com término previsto para outubro deste ano.

Serão fechados, nas linhas A (Luz – Francisco Morato) e D (Luz – Rio Grande da Serra), 6.589 metros de muros, nas linhas B (Julio Prestes – Itapevi) e C (Osasco – Jurubatuba), 2.141 m, na Linha C apenas um trecho de 100 metros de extensão próximo ao Ceasa e nas Linhas E (Luz – Estudantes) e F (Brás – Calmon Viana), 4.286 m.

Até agora, as equipes já fecharam cerca de 400 metros muros entre as estações Aracaré e Calmon Viana, e cerca de 600 metros entre Aracaré e Itaquaquecetuba, na Linha F.

Aproximadamente 900 metros de muros estão prontos nos arredores da Estação Tamanduateí, na Linha D. Entre as estações Brás e Luz, na região do Pari, cerca de 430 m de muro foram executados. Na Linha B, em Sagrado Coração, a CPTM terminou cerca de 200 metros de vedação.

As obras são fiscalizadas pelo Departamento de Manutenção, Obras de Arte e Edificações, ligado à Gerência de Manutenção e Instalações Fixas da CPTM, que mantém entre quatro e cinco funcionários para realizar a tarefa, em tempo integral. Foram gerados, nos dois contratos, cerca de 100 empregos diretos.

Recursos próprios

Além dos 13,1 km de muros a serem executados por empresas contratadas, a CPTM já fechou, com recursos próprios, cerca de 1.360 metros de muros nas linhas A e B. A mão-de-obra é composta por trabalhadores do sistema prisional em regime semi-aberto da Funap (Fundação Estadual Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel), supervisionados por funcionários da CPTM.

No km 35, poste 10, da Linha B, próximo a Estação Itapevi, foram erguidos cerca de 450 metros de muros de concreto. No total, serão fechados 1.112 metros. Com a utilização de envelopamento de mourões de concreto (pirulitos de concreto, espécie de pilares dispostos lado a lado) vedação característica das linhas B e C, a CPTM fechou 335 metros nas proximidades da Estação Jandira, 340 metros da Estação Jardim Silveira, e 242 metros da Estação Itapevi, todas da Linha B.

Buracos e chuvas

Fora os programas para fechar a faixa operacional ao longo da ferrovia ainda sem vedação, a CPTM também convive com o problema da destruição dos muros pela própria população. Somente na Linha F, estão sendo fechados três buracos. Outra dificuldade é a reconstrução de muros derrubados por causa das fortes chuvas. As estações Comandante Sampaio, na Linha B, e Comendador Ermelino, na Linha F, tiveram 20 m e 10 m de seus muros, respectivamente, derrubados por esse motivo.

As quedas ocorrem devido à obstrução de canaletas de águas pluviais por lixo e entulho jogados pelos próprios morados vizinhos à ferrovia. A grande quantidade de água retida provoca pressão nos muros, que acabam cedendo.

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria dos Transportes Metropolitanos
V.C.