A regularidade com que os trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) percorrem 40,6 mil quilômetros diariamente tem se mantido em altos níveis nos últimos três anos. Significa que a média das 1.600 viagens realizadas ao dia vem obedecendo aos intervalos programados. Em 2005, esse índice já está em 91%, em média, contra 90,6%, do ano passado e 89,5% em 2003. O indicador utilizado na CPTM considera a regularidade do próprio serviço, ou seja, dos intervalos praticados em relação aos programados, ao invés de medir somente o percentual entre as viagens realizadas e programadas, a exemplo de outras operadoras.
Para manter esse gigantesco carrossel ferroviário, com intervalos cada vez mais reduzidos e mais regulares, a CPTM conta com equipes de profissionais preparados para atender os cerca de 1,25 milhão de passageiros transportados diariamente.
Uma delas, provavelmente a que mais influi no desempenho do movimento dos trens, é a Gerência de Circulação Controle Operacional (GOC), responsável pelos três CCO’s (Centros de Controle Operacional) da CPTM, (Brás, Luz e Presidente Altino), que comandam a distância todo o tráfego ferroviário da Região Metropolitana. No total, são 148 profissionais envolvidos diretamente com essa tarefa.
Essa gerência comanda um time de 620 maquinistas à frente das composições, distribuídos em três escalas (linhas AD, BC e EF), além de 37 supervisores de tração. Também trata do planejamento, procedimentos e sistemas operacionais. São 18 analistas e técnicos neste setor, liderados por três assistentes técnicos. Os profissionais da CPTM não medem esforços para melhorar cada vez mais a regularidade.
“Esse é o atributo mais perseguido pela empresa, porque mostra a sua capacidade de atendimento, levando o usuário a acreditar mais no serviço”, diz Herculin. “Faz com que os usuários não tenham que procurar um meio alternativo de transporte”, emenda.
Foco no usuário
A fim de alcançar melhores resultados e manter o desempenho da operação, a CPTM trabalha para otimizar os recursos à disposição. Como a maioria dos seus usuários utiliza os serviços para ir ao trabalho e voltar para casa, a programação das viagens prioriza essa característica.
As cerca de 1.600 viagens diárias são somente uma referência, segundo Herculin, porque quando há mais trens disponíveis, é possível circular com intervalos ainda menores que os programados. ”Este caso é muito comum na Linha F, onde no último dia 11 de março, realizamos 111% das viagens programadas, diminuindo o intervalo no pico da tarde dos atuais 9 minutos para 7,9 minutos”, exemplifica o gerente, ressaltando que essa linha foi a que mais evoluiu na opinião dos usuários de acordo com a última pesquisa de Imagem dos Serviços da ANTP (Associação Nacional dos Transportes Públicos).
Para cumprir os intervalos, foi desenvolvido um trabalho de gerenciamento e conscientização dos maquinistas e controladores dos CCO`s, que demandou um grande esforço de toda a equipe. “Um dos resultados é que hoje trabalhamos com um número de maquinistas inferior a 2001, mas com somente metade das horas extras realizadas na época”, lembra Herculin.
Além da regularidade, a GOC atua para implantar novos indicadores a fim de medir o impacto do serviço junto ao usuário. Um deles, em implantação, é o índice que avaliará a “confiabilidade” da circulação de trens. Em outras palavras, mensurará a quantidade de usuários prejudicados por um intervalo superior a 150% do intervalo programado em comparação com todos os usuários da linha.
A meta para esse índice é 5%. Outros indicadores também são acompanhados pela área, como o Intervalo Médio nos Picos, que nos mostra como está o intervalo médio entre trens nos horários de maior movimento.
Da Assessoria de Imprensa da CPTM
V.C.
