Os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) transportaram, em 2001, um total de 311,7 milhões passageiros, o que representou um crescimento da ordem de 15,2% sobre o ano anterior. Em 2000, quando foram transportados 270,7 milhões de passageiros, a CPTM já havia superado todas as suas marcas anteriores.
O crescimento do sistema foi facultado, principalmente, pela ampliação e melhoria dos serviços, em face do investimento de US$ 1,3 bilhão, realizado, de 1995 até hoje, pelo Governo do Estado nos projetos da CPTM. Novas obras e melhoramentos continuam sendo feitos na via permanente, nos equipamentos e no material rodante das seis linhas. Todas essas ações são acompanhadas por um programa de modernização nos processos de gestão administrativa e operacional, e no treinamento e aperfeiçoamento de pessoal.
Os investimentos na Linha E, entre as estações Brás e Guaianazes, que possibilitaram a implantação dos serviços do Expresso Leste, foi uma das principais iniciativas adotadas na área operacional. O trecho opera hoje com os trens espanhóis, em estreita articulação com a Linha 3 – Vermelha (Leste-Oeste) do Metrô. O resultado é que a Linha E teve um aumento de 55% na demanda, de 2000 para 2001, e de 87% de 1999 para 2001.
Outra obra de importância foi a dinamização da Linha C – Sul (Osasco-Jurubatuba). Essa linha recebeu sete novas estações ao longo da Marginal Pinheiros e projetos de reforma nas oito estações antigas. A via permanente, os sistemas de telecomunicações e sinalização, assim como o Centro de Controle Operacional – CCO -, passam também por processo de modernização. A Linha C registrou aumento de 44% no volume de passageiros transportados de 2000 para 2001, e de 61% de 1999 para 2001.
Nas outras linhas que receberam intervenções também foi verificado aumento da demanda. Apenas no período 2000-2001, na Linha A – Noroeste (Brás-Francisco Morato) houve crescimento de 7%; na Linha B – Oeste (Júlio Prestes-Itapevi), também de 7%; na Linha D – Sudeste (Barra Funda – Rio Grande da Serra) a demanda cresceu 9%; e na Linha F- Leste Variante (Brás-Calmon Viana), 29%. Nas linhas A e D foi decisiva, também, a entrada em serviço de novos trens, do modelo 2100, com ar condicionado e de outras composições reformadas e modernizadas, além da implantação do sistema de integração gratuita com as linhas do Metrô, na Estação da Luz.
Além dos investimentos nas seculares linhas existentes, o Governo paulista executa novos projetos. Seguem adiantadas, por exemplo, as obras da Ligação Capão Redondo-Largo 13 (Linha 5 de Metrô), na zona sul, cuja primeira etapa deverá estar concluída no primeiro semestre de 2002. O trecho terá uma extensão de 9,4 km, dos quais 7 km em vias elevadas, e seis estações.
O Projeto Integração Centro, em andamento, é igualmente importante para a cidade. Com ele, a CPTM fará a ligação direta das estações Brás, Luz e Barra Funda. O projeto está promovendo ainda a remodelação funcional e a restauração arquitetônica da Estação da Luz, e uma ampla reforma, já em curso, na Estação do Brás.
