CPTM: Oito estações completam hoje 137 anos

Inauguradas em 1867 fazem parte da antiga São Paulo Railway, 1ª estrada de ferro construída em SP por investidores ingleses

seg, 16/02/2004 - 8h21 | Do Portal do Governo

Nesta segunda-feira, dia 16, as estações Luz, Brás, Água Branca, Francisco Morato, Jundiaí, Perus, Rio Grande da Serra e Santo André, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), comemoram mais um aniversário. Inauguradas em 1867, as oito estações fazem parte da antiga São Paulo Railway (SPR), também conhecida por ‘Ingleza’. Foi a primeira estrada de ferro construída em solo paulista por investidores ingleses, e que teve o Barão de Mauá como um de seus maiores acionistas.

  • Luz – A estação, que recebe as obras do Projeto Integração Centro, um dos mais importantes do Governo do Estado na área de transportes, foi inaugurada num prédio pequeno e ampliada num segundo momento para atender a demanda cada vez maior de passageiros e mercadorias ali embarcadas e desembarcadas. Por volta de 1890, a São Paulo Railway aumentou a estação para fazer algo compatível com o rápido crescimento da cidade na época. A nova estação foi finalmente inaugurada em março de 1901. O prédio destruído por um incêndio em 1946 foi reconstruído com um andar a mais. Nesse ano foi entregue a fachada que foi totalmente restaurada.
  • Brás – A estação Braz (era grafada com “z”) era uma das estações da empresa São Paulo Railway (SPR) ou, “Ingleza”, como era conhecida. A estrada de ferro da SPR foi a primeira construída em São Paulo, entre os anos de 1862 e 1867. Na década de 40, foi inaugurada a Estação Roosevelt, construída pela Estrada de Ferro Central do Brasil, e que era paralela à Estação Brás. Na década de 70, as duas empresas passaram a fazer parte da Rede Ferroviária Federal. A alteração na grafia deu-se após a inauguração da Estação Brás [com “s”] do Metrô, em 1978. No ano passado ela foi entregue totalmente restaurada e modernizada.
  • Água Branca – Aberta como uma das estações originais da SPR. O motivo de sua existência era por ser ali a confluência dos caminhos que levavam à Freguesia do Ó, Pinheiros e Campinas.
     

  • Francisco Morato – A estação foi aberta com o nome de Belém. Mais tarde passou a ser chamada Francisco Morato, que se tornou município. Em 1981, o prédio antigo foi demolido e substituído por um moderno, no mesmo local do antigo, em 1982.  Os trens da linha A têm seu ponto inicial nessa estação, seguindo dali até a Luz. Também dessa estação saem trens para Jundiaí.
  • Jundiaí – A cidade de Jundiaí teve o seu crescimento acelerado a partir de sua ligação por via férrea com São Paulo. Ali passaram a chegar todas as cargas do interior para canalizar seu transporte para o porto, via ferrovia. Primeiro em lombo de burro, e a partir de 1872, com a construção da Companhia Paulista e da Companhia Ytuana, por via férrea.
  • Perus – A estação foi aberta juntamente com SPR. O seu prédio ainda é um dos mais antigos da linha, situado hoje num dos bairros mais populosos da Capital.
  • Rio Grande da Serra – A estação foi inaugurada com o nome de Rio Grande, construída de pau a pique e plataforma não ladrilhada. Local deserto na época, era uma estação intermediária para alimentação de água das locomotivas e cruzamentos de trens. Rio Grande da Serra tornou-se município em 1964, com o nome atual. Sua estação continua a mesma do início do século, bem conservada.
  • Santo André – A construção da estação foi basicamente o início da colonização do atual município de Santo André. Tinha o nome de São Bernardo, pois era um local desabitado. Era a estação mais próxima do centro da freguesia de São Bernardo, na época, pertencente ao município de São Paulo. A estação continuou com o nome de São Bernardo até 1934. Em 1977, a estação velha foi demolida. Em 20/12/2002 foi colocado na estação o nome de Celso Daniel, prefeito assassinado alguns meses antes.

    Da Assessoria de Imprensa da CPTM

    (AM)