CPTM: Melhorias na linha F são prioridades em 2004

Empresa dispõe de R$ 49 milhões no Orçamento Estadual para investir no seu sistema

qui, 05/02/2004 - 15h44 | Do Portal do Governo

A CPTM dispõe, em 2004, de R$ 49 milhões, no Orçamento Estadual, para investir no seu sistema. Parte dessa verba será utilizada na linha F (Brás–Calmon Viana), para a qual já estão direcionados R$ 14 milhões na recuperação e modernização de 56 trens que circulam na linha.

Outros R$ 13 milhões serão destinados para a via permanente, sistema de energia, sinalização, rede aérea, telecomunicação e equipamentos de estação, além de R$ 4,5 milhões para o início da construção de três novas estações e vedação da faixa de domínio.

Essas intervenções fazem parte do “Projeto de Expansão da Oferta da Linha F”, que também inclui, em uma primeira etapa, a aplicação de R$ 30,34 milhões assegurados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para o período 2004 – 2006.

Nova Linha F

A verba assegurada pelo Orçamento 2004 faz parte dos R$ 110,9 milhões necessários para a conclusão da segunda etapa do projeto de modernização da Linha F, e para o qual ainda se busca o restante do financiamento. Nesta segunda etapa, estão previstas as construções de três novas estações (Jardim Helena, Jardim Romano e USP Leste), vedação de 17 km de faixa patrimonial, modernização de 10 trens das séries 1.400 e 1.600, que vão incorporar a frota operacional, mais a reforma de 46 trens das séries 1.400, 1.600 e 5.500.

Para esta outra fase, estão sendo feitas negociações com a Caixa Econômica Federal, que poderia financiar as intervenções na Linha F por meio do programa de securitização de receitas, ou seja, a CPTM pagaria o empréstimo com a sua arrecadação. O prazo para conclusão do projeto é 2006, desde que se consiga a verba. “Além de aumentar a acessibilidade, conforto e segurança do sistema, as intervenções permitirão a redução dos intervalos de 9 para 7 minutos, nos horários de pico”, afirma Wilson Linder, gerente de Engenharia de Sistemas da CPTM.

Melhor desempenho

O desempenho dos trens das séries 1400, 1600 e 5500, que circulam na Linha F melhorou nos últimos três anos. A confiabilidade desses trens, medida pelo índice internacional MKBF (Mean Kilometer Between Failure), sigla em inglês que equivalente a quilometragem rodada por falha, aumentou mais de 300%, em alguns casos. Isso significa que os trens têm quebrado cada vez menos.

Em 1999, os trens da série 5.500 apresentavam falhas a cada 621Km. Na média de dezembro de 2003, houve uma falha a cada 2.710 Km percorridos. A exemplo dos outros trens, os da série 1.400 também elevaram a confiabilidade de 793 Km por falha para 2.095 km por falha. O mesmo aconteceu com as composições da série 1.600, com falhas que antes apareciam a cada 760 Km rodados e, agora, passaram a ocorrer a cada 1.940 km.

Para a obter esses resultados, a CPTM modificou o sistema de fixação de portas de todos os trens, substituiu os mecanismos de portas das séries 1.400 e 1.600, e ainda instalou chapas de aço para a proteção dos mecanismos de portas nos trens.

Além disso, foram padronizadas todas as fechaduras das cabines dos trens, aferidas as taxas de aceleração e substituídas as roldanas das soleiras de portas por trilhos. Também foram colocados perfis de borracha maciços nas portas no lugar dos atuais para dificultar a abertura e o corte dos mesmos por vândalos. Após as modificações nos sistemas de portas dos trens, a média de 4.000 portas vandalizadas por mês, em 2000, caiu para 600 este ano.