Na próxima quarta-feira, dia 30, os usuários da CPTM que circulam pela Estação Brás terão uma boa opção de lazer, gratuita. Às 17h, no Espaço Cultural [Praça Agente Cícero, s/n°], o espetáculo Odára – que mescla dança, música e performance teatral – será apresentado pelo grupo Omo-Ayê.
Durante 60 minutos, 12 dançarinos, três cantores e seis músicos se dividirão no palco, como personagens de uma encenação que resgata a criação do mundo na visão dos iorubás, negros que habitavam o território da atual Nigéria na época da escravidão.
Conduzido de forma narrativa pela atriz Lena Silva, o musical aborda a história desse povo quando viviam de forma livre pela África, passando pelo doloroso período do tráfico de escravos até chegar à questão do racismo, na atualidade. Para contar e retratar esse enredo, os artistas se valem de diferentes manifestações coreografadas: dança afro, capoeira, maculelê, samba de roda, puxada de rede, dança dos orixás, reggae e outros rituais da cultura africana, posteriormente disseminados na Bahia.
Segundo Márcio Telles, produtor artístico e diretor do projeto, ‘o trabalho quer mostrar que mesmo com tanto sofrimento, houve a resistência, algo que manteve viva a tradição, religião e costumes desse povo. Por isso, reunimos todos esses valores, expressando-os como arte, linguagem que as pessoas compreendem facilmente e guardam na memória’.
O evento é uma iniciativa da CPTM para homenagear o Dia da Consciência Negra, comemorado recentemente. ‘A proposta do Espaço Cultural Brás é oferecer cultura e diversão para os usuários. Por isso, escolhemos esse grupo para celebrar a data, tão importante na memória nacional’, diz Rodrigo de Assis, da Gerência de Comunicação e Marketing da empresa.
O Espaço Cultural fica no acesso às plataformas da Linha F [Brás-Calmon Viana]. A apresentação é gratuita para os usuários da CPTM e Metrô. Quem quiser apenas assistir à peça pode adquirir o bilhete [R$ 2,10].
Zumbi
Há 32 anos, o ‘Dia Nacional da Consciência Negra’ é comemorado em 20 de novembro. Nessa data, em 1695, foi assassinado Zumbi, um dos últimos líderes do Quilombo dos Palmares, núcleo que surgiu no começo do século 17, entre Pernambuco e Alagoas, em resistência ao regime escravocrata. E Zumbi tornou-se um ícone nessa luta.
Assessoria de imprensa da CPTM
J.C.
