A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) arrecadou em 2003, R$ 1.522.444,56 em apenas dois leilões de bens inservíveis para aplicação ferroviária. A média arrecadada em cada um neste exercício, R$ 761.222,28, foi 36% superior a 2002, com R$ 560 mil, embora o valor total tenha ficado abaixo dos R$ 2,8 milhões adquiridos, em cinco pregões no ano passado.
Em 2003, a novidade foi a realização de dois leilões ao mesmo tempo, on-line e presencial, modalidade na qual a CPTM é pioneira no setor público. O ágio entre o valor de mercado e total vendido, no primeiro leilão, ocorrido e maio, foi de 53,77%. No segundo e último, em dezembro, os bens inservíveis da empresa foram arrematados por uma quantia 40,83% superior ao valor referencial.
Estes leilões geram uma receita não-operacional para a empresa, ou seja, tudo que entra no caixa e que não provém das bilheterias das estações. Além disso, o material leiloado desocupa áreas de pátios, estações e prédios administrativos, evitando acúmulo de lixo e facilitando a limpeza desses locais.
Como são feitos os leilões
Quando existe material à disposição, os leilões são realizados após cumprir-se o caminho burocrático necessário, como a listagem dos itens que deixarão o patrimônio da empresa.
Na CPTM, os materiais leiloados variam desde trens sem vantagem econômica de recuperação, até sucata de papel, borracha, equipamentos de informática, aço inoxidável e ferro, entre outros, todos sem aplicação no dia-a-dia. Cada item tem um determinado código. Baterias, lâmpadas e vidros não são colocados a venda, por razões ambientais.
Formados os lotes, os leiloeiros são contratados e chamados à CPTM para checagem do material. Esses lotes são divulgados e os interessados ficam a par dos materiais que vão a leilão. Os futuros compradores também precisam dar uma destinação aos materiais.
A forma de manuseio, transporte, armazenamento dos materiais arrematados, bem como quaisquer licenças junto aos órgãos ambientais, são de responsabilidade do comprador que deve, ainda, respeitar a legislação ambiental vigente.
Da Assessoria de Imprensa da CPTM
(AM)