Até o final de julho, a Estação Brás, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), abriga duas exposições fotográficas. A primeira traz momentos da ferrovia e a outra mostra um pouco da vida e obra do poeta popular Patativa do Assaré. Elas podem ser visitadas diariamente, das 4 horas à meia-noite.
Pelas Lentes de Elizeu Pires
A exposição reúne, em 86 fotos, registros dos últimos 25 anos da ferrovia em São Paulo. São momentos lúdicos e históricos, a exemplo da manifestação salarial de 1985, que culminou em greve de 24 dias, visitas de políticos e artistas, como a cantora Rita Lee, além de trabalhos realizados no cotidiano ferroviário.
Elizeu Pires ingressou na ferrovia em 1975, pela Rede Ferroviária Federal. Em 1984 foi convidado a integrar a Assessoria de Comunicação Social da então recém criada Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), incorporada em 1994 pela CPTM, onde trabalha até hoje.
Patativa do Assaré
O poeta popular cearense é tema da mostra de Gao Oppido e reúne flagrantes do cotidiano do famoso poeta, falecido há um ano. Até hoje, Patativa foi o único poeta brasileiro a ter sua obra estudada na Cadeira de Literatura Popular Universal da Sorbonne, em Paris, em meados dos anos 70.
Patativa, batizado Antonio Gonçalves da Silva, nasceu no dia 5 de março de 1909 na localidade denominada Serra de Santana, no Vale do Cariri. Ao falecer deixou livros e poemas musicados e gravados por Fagner, Rolando Boldrin e Gereba, entre outros artistas. Seu poema mais famoso é “A Triste Partida”, feito no começo dos anos 50 e gravado em tom de toada por Luiz Gonzaga, o rei do baião, em 1964. A exposição permanece na Estação até o final deste mês.
