A aquisição de um Termovisor é a novidade da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) para realizar a manutenção preventiva de componentes elétricos, como rede aérea e subestações de energia. Trata-se de tecnologia de ponta no mercado, adotado pela empresa com o intuito de agilizar e aprimorar os procedimentos técnicos.
Semelhante a uma filmadora handcam – com um monitor acoplado e pesando apenas dois quilos, o equipamento utiliza raios infravermelhos e é capaz de detectar pontos de fuga de energia que provocam aquecimento de regiões afetadas. Quase todos os objetos ou sistemas que utilizam e transmitem energia elétrica apresentam aquecimento antes da avaria.
Para realizar a verificação, basta selecionar a temperatura com a qual se deseja trabalhar (de -40 graus centígrados até 500 graus centígrados) e, a partir daí, direcionar o equipamento para o ponto desejado, como se estivesse filmando o mesmo. Por meio de uma escala de cores, os pontos de aquecimento são identificados com tons que variam do vermelho ao amarelo ‘incandescente’.
A aferição também é feita via emissão de um alarme sonoro, a partir das configurações programadas no equipamento. Já a utilização de um fone de ouvido sem fio, com microfone, permite a gravação de até 30 segundos de som por imagem, o que facilita, por exemplo, a identificação de uma estrutura avariada.
As imagens dos pontos de fuga podem ser armazenadas no Termovisor e, posteriormente, lançadas em um computador que possua o software Reporter, apropriado para a análise das mesmas. O supervisor de manutenção de subestações das Linhas A/D, Durval Maggini Finoto, explica que o software é capaz de achar a temperatura de qualquer ponto da imagem e emitir um relatório analítico da situação.
Treinamento
Para capacitar os profissionais da empresa – funcionários do Departamento de Manutenção de Sistemas Elétricos e Eletrônicos (DOFE) – que irão operar essa nova tecnologia, um rigoroso treinamento foi ministrado recentemente. Além dos conhecimentos teóricos, os técnicos passaram por uma etapa prática, na subestação de Imperatriz Leopoldina, localizada na Linha B (Julio Prestes-Itapevi), quando puderam manusear o Termovisor, utilizando seus recursos para checar cabeamentos, transformadores, disjuntores e chaves seccionadoras.
De acordo com Alvaro Eduardo Correa Lopes, que chefia o Departamento de Manutenção de Sistemas Elétricos e Eletrônicos da companhia, a aquisição foi uma grande conquista. Ele revela que o Termovisor será utilizado em rastreamentos promovidos de tempos em tempos – varredura da rede elétrica, bem como em situações pontuais, quando há desconfiança de alguma anomalia.
Roberto Carlos de Oliveira, técnico de manutenção da CPTM, acredita que o equipamento facilitará a detecção de problemas, evitando principalmente que se agravem. ‘E o que é melhor, sem a necessidade de desligamento do sistema, o que evita alterações na operação’, comenta.
Assessoria de Imprensa da CPTM
M.J.
