A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) registrou ao longo de 2004, queda nos índices de travessia ilegal de suas vias que, muitas vezes, resultam em atropelamentos. Durante todo o ano foram 50 ocorrências de atropelamentos fatais e 58 não fatais. O total em 2003 chegou a 73 e 66, respectivamente.
Esse tipo de problema, na maioria das vezes, é gerado pela imprudência de pessoas que insistem em caminhar pelo leito da via férrea, ou utilizá-lo como passagem clandestina, quebrando os muros de vedação de faixa, para chegar ao outro lado mais rapidamente. Na maioria dos casos existem passarelas ou passagens subterrâneas a poucos metros dos locais dos acidentes.
A velocidade com que os moradores vizinhos ao sistema abrem buracos nos muros construídos supera o esforço da empresa em fechá-los. Até porque, para realizar esse trabalho, são necessários processos sucessivos de licitação, que envolve os 270 quilômetros de via (ou 540 quilômetros de muros).
Outro entrave é que a cidade continua crescendo desordenadamente, em todas as direções. Em favelas ou em novos bairros muito adensados, a população vem se aglomerando paralelamente às linhas da CPTM, que têm mais de um século de existência e, em alguns casos, até um século e meio.
Vale ressaltar que a manutenção das passarelas existentes, assim como a segurança delas, é atribuição das prefeituras, um total de 22 ao longo dos trilhos da CPTM na Grande São Paulo. Também a construção de novas passarelas exige, necessariamente, parceria com esses municípios, já que elas ultrapassam a faixa de domínio da CPTM.
A CPTM apela para que as pessoas não andem pela via ou utilizem passagens clandestinas. Essas ações são proibidas de acordo com a NTTS (Norma Geral de Transporte, Tráfego e Segurança), da CPTM, amparada pelo Decreto Federal 1.832, de 04/03/1996.
Por outro lado, haverá continuidade de um intenso trabalho educativo, por meio do programa ‘Usuário do Amanhã’, que traz crianças e adolescentes de toda Grande São Paulo para conhecer a ferrovia e aprender a usá-la, além do Programa ‘Comunidade Participativa’. Nessa iniciativa, a empresa vai até as comunidades próximas às linhas férreas, em todas as regiões, para ouvir suas demandas e também alertar sobre os perigos de atitudes como a de atravessar a via inadequadamente.
Confira na tabela abaixo as ocorrências divididas por linhas.
Linha
Atropelamentos fatais 2004
Atropelamentos fatais 2003
Atropelamentos não fatais 2004
Atropelamentos não fatais 2003
A (Luz – Francisco Morato)
21
25
20
23
D (Luz – Rio Grande da Serra)
02
07
01
10
E (Luz – Estudantes)
06
12
06
07
F (Brás – Calmon Viana)
11
11
14
12
B (Julio Prestes – Itapevi)
10
13
16
14
C (Osasco – Jurubatuba)
00
05
01
00
Total
50
73
58
66
Da Assessoria de Imprensa da CPTM
(LRK)
