Contrato de Gestão com entidades de Saúde define metas para 2003

Dez Organizações Sociais gerenciam os 14 hospitais entregues pelo Estado

sex, 27/12/2002 - 17h48 | Do Portal do Governo


O governador Geraldo Alckmin assinou nesta sexta-feira, dia 27, no Hospital Estadual de Santo André, autorização para a celebração de contrato de gestão com 10 Organizações Sociais (OS) que gerenciam 14 novos hospitais entregues pela atual administração.

Periodicamente estas instituições assinam contratos de gestão com o Estado, nos quais são definidas as metas de atendimento e formas de repasse de verba para manutenção das unidades.

Segundo Alckmin serão repassados em 2003, R$ 488,8 milhões para o custeio dessas unidades. ‘Essa parceria com as entidades de saúde mostra o quanto é importante contarmos com governos sérios que evitam o desperdício e respeitam o dinheiro público’, disse o governador.

Para o próximo ano as metas nas áreas de Cirurgia, Clínica, Obstetrícia e Pediatria dos hospitais são realizar um total de 165 mil atendimentos ambulatoriais, 2000 cirurgias ambulatoriais, 71 mil exames (laboratório e imagem) e atingir capacidade para 9,8 mil internações.

Os 3.735 leitos dos 14 hospitais permitirão ao Sistema Único de Saúde (SUS) realizar 159 mil internações, um milhão de consultas ambulatoriais, 15 mil cirurgias e 51,49 mil partos.

Os hospitais atendidos são os seguintes: Carapicuíba e Itapevi (administrados pela OS Sanatorinhos Ação Comunitária de Saúde); Diadema e Pirajussara (Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina – SPDM); Grajaú (Organização Santamarense de Educação e Cultura – Osec); Guarulhos (Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo); Itaim Paulista e Itaquaquecetuba (Associação Beneficente Casa de Saúde Santa Marcelina); Itapecerica da Serra e Vila Alpina (Serviço Social da Indústria da Construção e do Mobiliário do Estado de São Paulo – Seconci); Pedreira (Associação Congregação de Santa Catarina); Santo André (Fundação do ABC); Sumaré (Universidade Estadual de Campinas – Unicamp); e Bauru (Universidade Paulista Júlio de Mesquita Filho – Unesp). Não está incluído nesta relação, o Hospital de Sapopemba que deve ser inaugurado no primeiro semestre do ano que vem.

O repasse será feito ao longo de 12 meses. De acordo com o governador os hospitais de Santo André e Diadema vão receber cerca de R$ 70 milhões ao todo. ‘Excetuando os hospitais universitários, o Hospital de Santo André será o primeiro hospital público a contar com exame de ressonância magnética’, afirmou. Esse ano o hospital realizou 3000 atendimentos e tem projeção de triplicar esse número em 2003.

O processo de parceria para gerenciamento das novas unidades iniciou-se em 1998, com a abertura dos quatro primeiros hospitais (Carapicuíba, Grajaú, Pedreira e Itaim Paulista). Atualmente, das 14 unidades em funcionamento, 12 são gerenciados por Organizações Sociais de Saúde e duas por convênios, sendo um com a Unicamp e outro com a Unesp.

Durante a cerimônia o governador também assinou decreto alterando o nome do Hospital de Santo André para Hospital Estadual Mário Covas. ‘Uma homenagem justa para quem sempre lutou pela melhoria da saúde pública’, lembrou Alckmin. Foram inaugurados ainda dentro do hospital um anfiteatro e o centro de estudo José da Silva Guedes.

Corte de gastos

Alckmin destacou que nos próximos dias irá analisar rigorosamente todos os custos do Estado, para melhorar a eficiência do gasto do dinheiro público. Explicou que o Governo gasta R$ 70 milhões, por ano, com aluguéis de prédios para secretarias, autarquias e empresas.

‘Isso será revisto, e assim que terminar os contratos a idéia é transferir as secretarias que estão em regiões mais caras para o centro da cidade, onde o aluguel é mais barato’, afirmou.
Para reduzir mais gastos disse que pretende ampliar as compras nos pregões e na Bolsa Eletrônica.

Cíntia Cury/Carlos A. Prado