Consumidor: Taxas de empréstimo pessoal e cheque especial apresentam leve queda em agosto

Pesquisa foi realizada pelo Procon-SP

ter, 17/08/2004 - 16h51 | Do Portal do Governo

A pesquisa de taxas de juros realizada pelo Procon-SP aponta um recuo inexpressivo nas taxas médias nas duas modalidades

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, realizou em dez instituições financeiras, entre os dias 05 e 06 de agosto, pesquisa de taxas de juros de empréstimo pessoal e cheque especial para pessoa física. Os bancos pesquisados foram HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real e Unibanco.

Os juros bancários apresentaram pequenas variações negativas nas taxas médias deste mês. Das dez instituições pesquisadas, duas reduziram suas taxas de empréstimo pessoal e duas aumentaram. As demais instituições mantiveram as mesmas taxas. No cheque especial, apenas uma instituição reduziu sua taxa.

Empréstimo Pessoal – a taxa média dos bancos pesquisados foi de 5,16% a.m., inferior à do mês anterior, que foi de 5,23% a.m., significando um decréscimo de 0,07 pontos percentuais. Ao ano, a taxa equivalente é de 82,94%.

Quedas verificadas nas taxas de empréstimo pessoal

HSBC – alterou de 4,99% para 4,54% a.m., o que significa um decréscimo de 0,45 pontos percentuais, representando uma variação negativa de 9,02% em relação à taxa de julho/04;
Banco do Brasil – alterou de 4,99% para 4,49% a.m., o que significa um decréscimo de 0,50 pontos percentuais, representando uma variação negativa de 10,02% em relação à taxa de julho/04.

Maiores altas

Banespa – alterou de 5,60% para 5,78% a.m., o que significa um acréscimo de 0,18 pontos percentuais, representando uma variação positiva de 3,21% em relação à taxa de julho/04;
Real – alterou de 5,60% para 5,70% a. m., o que significa um acréscimo de 0,10 pontos percentuais, representando uma variação positiva de 1,79% em relação à taxa de julho/04.

As demais instituições mantiveram suas taxas inalteradas.

Cheque Especial – a taxa média dos bancos pesquisados foi de 7,99%, inferior a do mês anterior que foi de 8,00%, significando um decréscimo de 0,01 ponto percentual. Ao ano, a taxa equivalente é de 151,40%.

A única alteração registrada para esta modalidade foi da Caixa Econômica Federal, que alterou sua taxa mensal de 7,49% para 7,30%, o que significa um decréscimo de 0,19 pontos percentuais, representando uma variação negativa de 2,54% em relação à taxa de julho de 2004.

Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo.

Vale lembrar que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

Conclusão

O Comitê de Política Monetária (COPOM), na reunião de julho, optou novamente pela manutenção dos juros básicos da economia em 16% ao ano. A decisão se baseou no ambiente inflacionário desfavorável, tendo em vista que a atual aceleração da inflação representa riscos para a formação das expectativas para 2005. Segundo as autoridades monetárias, a economia está crescendo de forma mais rápida e intensa do que o esperado, o que poderá pressionar os índices de preços. Para a maioria dos analistas, o cenário de manutenção da SELIC deve permanecer pelos próximos meses.

A pesquisa de taxas de juros realizada pelo Procon-SP aponta um recuo inexpressivo nas taxas médias, tanto no empréstimo pessoal quanto no cheque especial. A pequena queda vem sendo puxada, principalmente, pelos bancos públicos: Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que estão apostando no crescimento da economia e na queda das taxas de desemprego como fatores importantes para redução dos riscos de inadimplência.

Nesta conjuntura, é importante que o consumidor fique atento e, se possível, adie um pouco mais sua decisão de tomada de crédito. O crédito pessoal, no entanto, pode ser bem-vindo para quitar uma dívida cuja taxa de juros seja superior a do empréstimo contratado. Vale lembrar, também, que incidirão sobre o valor emprestado, o imposto sobre operações financeiras – IOF e a tarifa de abertura de crédito – TAC.

Da Secretaria da Justiça