Consumidor: Procon-SP orienta sobre ofertas em supermercados

Nem sempre oferta quer dizer, necessariamente, preço mais barato

ter, 28/12/2004 - 12h56 | Do Portal do Governo

Uma das situações em que o consumidor deve ficar atento é que oferta não quer dizer, necessariamente, preço mais barato: pode significar que o valor daquele produto esteja mais baixo do que usualmente.

Como ir a um supermercado e adquirir produtos e alimentos com qualidade e preço justo? Para responder esta pergunta, a Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça do Governo do Estado de São Paulo, elaborou algumas dicas que vão auxiliar o consumidor na hora de fazer suas compras.

Os técnicos do Procon-SP lembram que o mercado esta muito competitivo e oferece uma diversidade de supermercados, marcas, preços, qualidade e ofertas. O consumidor é parte do mercado de consumo e deve atuar com consciência para não ser vítima dele. Ao escolher os produtos para seu consumo (marca, preço, tamanho, qualidade etc.) o consumidor está “dizendo” para o mercado o que deseja. O fornecedor, por sua vez, tem que escutar com atenção e atender à mensagem enviada.

Dicas ao consumidor

– levar em conta o tamanho e os hábitos de sua família, fazendo uma lista do que realmente precisa; assim; não correrá o risco de levar produtos desnecessários;
– pesquisar os preços em encartes dos supermercados distribuídos dentro de jornais e bancas próprias na entrada do estabelecimento, anúncios publicitários em meios de comunicação e nas próprias gôndolas do supermercado;
– não fazer compras com pressa, pois é necessário disponibilizar um tempo para comparar preços e marcas, verificar data de validade e condições da embalagem, por exemplo:
– evitar ir às compras quando estiver com fome e, também, quando acompanhado de crianças; assim não será impulsionado a comprar além do necessário;
– saber que oferta não quer dizer, necessariamente, preço mais barato: pode significar apenas que aquele produto está mais barato do que usualmente. Se o critério é preço, pode haver outras marcas mais em conta. Verifique o que lhe convém;
– ficar atento às estratégias de marketing como, por exemplo: disposição de uma marca de produto em oferta em corredores centrais, distantes das gôndolas que contenham o mesmo produto com marcas diferentes. Esta manobra faz com que o consumidor deixe de comparar os outros preços para o mesmo produto;
– não se enganar com as embalagens menores que nem sempre são mais baratas proporcionalmente;
– observar que os produtos de marcas nacionais podem ter a mesma ou melhor qualidade do que os importados e ter preços menores. Leve sempre em conta preço e qualidade.

Formas de pagamento

– geralmente os cartões próprios do supermercado estabelecem uma data pré-determinada para o pagamento. Mas, é necessário observar qual o dia ideal para efetuar compras e, assim, aproveitar melhor o prazo. Também é necessário tomar cuidado em não deixar saldo para o próximo vencimento, quando o consumidor terá que arcar com taxas de juros bastante elevadas;
– o mesmo vale para cartão de crédito normal;
– existem também, os cartões de fidelidade, que servem apenas para que o supermercado conheça o perfil de compras do cliente e, assim, poder oferecer promoções específicas para este consumidor;
– quando a opção for cheque pré-datado, é necessário ficar atento ao vencimento para não deixar a conta corrente descoberta;
– em se tratando de cheque especial, deve-se evitar o limite pois, de acordo com pesquisa mensal de juros bancários efetuada por esta Fundação em dezembro, a taxa média cobrada pelos bancos é de 8,06% ao mês.

O que observar durante as compras

ALIMENTOS EMBALADOS – a embalagem deve trazer as seguintes informações: peso líquido, composição (ingredientes), data de validade, lote, características do produto, identificação do fabricante e, em alguns casos (frango embalado) condições de armazenagem. Tudo em língua portuguesa.

ALIMENTOS A GRANEL – o comerciante responde pelas informações necessárias: data de validade, origem e peso líquido. No caso da carne, a fiscalização é feita pelo Ministério da Agricultura e deve ter carimbo do SIF (Serviço de Inspeção Federal) ou SISP (Serviço de Inspeção do Estado). Tudo em língua portuguesa.

HIGIENE – a embalagem deve informar data de validade, procedência, lote, peso, composição, registro no Ministério da Saúde, responsável técnico, identificação do fabricante e, instruções sobre armazenamento e manuseio correto do produto. Tudo em língua portuguesa.

LIMPEZA DOMISSANITÁRIOS – são produtos químicos utilizados para a limpeza geral e desinfecção (detergente, cera, inseticida, raticida, desinfetante etc.). Eles são capazes de causar sérios acidentes quando utilizados ou armazenados de forma incorreta.
A embalagem deve assegurar as características do produto e, nunca deve ser reutilizada após o término do conteúdo.
Antes de manusear esses produtos, leia com atenção as instruções de uso que devem constar no rótulo, de forma clara e precisa. Outros dados que não podem faltar são: prazo de validade, nome do responsável técnico, fabricante, registro no Ministério da Saúde, quantidade, modo de usar, composição química detalhada, ingrediente químico, forma de conservação e armazenamento, advertência para a não reutilização da embalagem, precauções, classe toxocológica (se houver), conduta em caso de acidentes. Tudo em língua portuguesa

A Fundação Procon-SP atende pelo telefone 151 ou pessoalmente nos postos localizados dentro do Poupatempo Sé, Santo Amaro e Itaquera. A página do Procon com orientações sobre consumo é www.procon.sp.gov.br

Da Assessoria de Imprensa da Secretaria da Justiça/Procon