Consumidor: Procon-SP divulga pesquisa de taxas de juros bancários no mês de maio

Levantamento constatou que a taxa média do cheque especial é de 9,48%

qui, 15/05/2003 - 14h45 | Do Portal do Governo

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça do Governo do Estado de São Paulo, divulga a pesquisa de taxas de juros de maio de 2003. A coleta foi efetuada nos dias 8 e 9 de maio e envolveu treze instituições financeiras: HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Bilbao Vizcaya Brasil – BBV, Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real, Unibanco, Mercantil de São Paulo e Banco de Crédito Nacional – BCN.

Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Vale lembrar, também, que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

Empréstimo Pessoal

A taxa média dos bancos pesquisados foi de 6,20% ao mês, inferior à do mês anterior, que foi de 6,22% ao mês, significando um decréscimo de 0,02 pontos percentuais.

Cheque Especial

A taxa média dos bancos pesquisados foi de 9,48% ao mês, inferior à do mês anterior, que foi de 9,49% ao mês, significando um decréscimo de 0,01 ponto percentual.

A única instituição financeira que diminuiu suas taxas, tanto de empréstimo pessoal quanto de cheque especial, foi o Bradesco. No empréstimo pessoal, alterou de 6,65% para 6,40% ao mês, o que significa um decréscimo de 0,25 pontos percentuais, que representa uma variação negativa de 3,76% em relação à taxa de abril/03.

No cheque especial, alterou de 9,80% para 9,70% ao mês, o que significa um decréscimo de 0,10 pontos percentuais, que representa uma variação negativa de 1,02% em relação à taxa de abril/03. As demais instituições mantiveram suas taxas constantes nas duas modalidades de crédito.

Neste mês não houve variação significativa nas taxas médias. A pequena queda observada deveu-se à ação isolada de um único banco da amostra, indicando uma posição de expectativa do mercado financeiro quanto aos novos rumos da política monetária. Na reunião de abril, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM) decidiu manter a taxa Selic em 26,50%, retirando o “viés de alta”.

Apesar do otimismo representado pelo expressivo recuo da taxa de câmbio, pela redução do risco país e pela trajetória de queda da inflação, ainda existe a preocupação por parte das autoridades monetárias em combater os efeitos de um possível aumento da inflação. Um dos objetivos da manutenção de altas taxas de juros é, justamente, encarecer o crédito, para desestimular o consumo e, assim, frear o aumento de preços.

Os bancos, por sua vez, estão agindo de forma mais rigorosa na concessão de crédito, face o aumento da inadimplência, causada em grande parte pela redução do poder aquisitivo das famílias.

O momento é de cautela para o consumidor que pretende contratar empréstimos, já que as taxas não estão convidativas.

As tabelas encontram-se à disposição, para consulta, nos postos de atendimento pessoal do Procon-SP, (Poupatempo Sé, Santo Amaro e Itaquera) e, também no site do órgão (www.procon.sp.gov.br).

(AM)