Consumidor: Procon-SP constata alta de 1,60% na variação semanal da cesta básica

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seg, 15/10/2001 - 13h06 | Do Portal do Governo

Na primeira semana de pesquisa do mês de outubro de 2001, o valor da cesta básica teve alta de 1,60%, revela pesquisa diária da Fundação Procon, vinculada à Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania, em convênio com o Dieese. O preço médio, que no dia 4/10/2001 era R$ 149,51, passou para R$ 151,90 em 11/10/2001. Por grupo, foram constatadas as seguintes variações: Alimentação, 1,83%, Limpeza, 3,05% e Higiene Pessoal, -2,11%, ficando a variação acumulada, no mês de outubro, em 0,98% (base 28/9/2001), e nos últimos 30 dias, em 0,80% (base 11/9/2001). No ano, a cesta variou 7,40% (base 29/12/2000), e nos últimos 12 meses, 8,83% (base 11/10/2000).

No período de 5/10/2001 a 11/10/2001, os produtos que mais subiram foram:
– Carne de segunda sem osso (kg): 8,52%
– Cebola (kg): 6,54%
– Sabão em pó (pac. 1 kg): 4,98%
– Detergente líquido (emb. 500 ml): 4,76%
– Creme dental (tubo 90 g): 4,71%

As maiores quedas foram:
– Absorvente aderente (pac. 10 un.): -15,09%
– Papel higiênico fino branco (pac. 4 un.): -7,41%
– Café em pó papel laminado (pac. 500 g): -2,21%
– Salsicha avulsa (kg): -1,58%
– Açúcar refinado (pac. 5 kg): -1,20%

Nesta semana, os supermercados com os melhores preços da cesta básica foram:
SÃO PAULO – Barateiro – R. das Palmeiras, 187. Santa Cecília
CENTRO – Barateiro – R. das Palmeiras, 187. Santa Cecília
NORTE – Barateiro – Av. Cons. Moreira Barros, 2075. Santana
LESTE – Estrela Azul – Praça Porto Ferreira, 48A. Vila Guilhermina
SUL – Barateiro – R. Ibirarema, 100. B. Saúde
OESTE – Barateiro – R. Imperatriz Leopoldina, 845. Vila Leopoldina

Dos 31 produtos pesquisados na variação semanal, 15 apresentaram alta, 8 diminuíram de preço e 8 permaneceram estáveis. Os produtos que mais pressionaram a queda no período, considerando os respectivos pesos na cesta, foram nesta ordem: carne de segunda sem osso (kg): 0,83%, sabão em pó (pac. 1 kg): 0,35%, carne de primeira (kg): 0,30%, arroz tipo 2 (pac. 5 kg): 0,16%, creme dental (tubo 90 g): 0,11%.

A alta de 8,52% verificada para a carne de segunda sem osso, é reflexo da situação do mercado do boi gordo dos últimos dias, principalmente após o atentado aos Estados Unidos, que gerou insegurança, estremecendo os negócios de exportações, segundo analistas. Os frigoríficos reduziram as compras de gado num primeiro momento, mas logo voltou a normalidade. Só que quando tentaram retomar as compras, os frigoríficos se depararam com pecuaristas pouco disponíveis a fechar negócio, forçando alta dos preços justamente em um momento de pico de entressafra. Os analistas acreditam numa tendência de queda, influenciada pelas chuvas.

A escassez de oferta de arroz no mercado, influenciou a alta de 1,68% do produto. Para regular a situação do mercado e conter a alta e o volume ofertado do produto, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ofertou o produto estocado em três leilões realizados nos últimos dias, no sul do país. Os preços recordes de arroz em casca no mercado interno inviabilizaram uma operação de exportação de 90 mil toneladas dos estoques governamentais para o Irã, que além de inviável economicamente, segundo o superintendente da Conab, o quadro político internacional não recomenda uma operação que mexa nos estoques oficiais. Portanto, acabou a pressão das compras, mas os preços se estabilizaram na alta.

O mercado da cebola operou calmo, segundo analistas, não tendo sido afetado pelas chuvas, sendo que em Santa Catarina, sabe-se que as precipitações causaram problemas de erosão e de perdas de nutrientes do solo.