Consumidor: Procon divulga pesquisa sobre taxas de empréstimo e cheque especial

Pesquisa foi realizada nos dias 8 e 9 de novembro

qua, 17/11/2004 - 15h57 | Do Portal do Governo

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo, realizou em dez instituições financeiras, nos dias 8 e 9 de novembro, pesquisa de taxas de juros de empréstimo pessoal e cheque especial para pessoa física.

Os juros bancários não apresentaram variações significativas nas taxas médias deste mês. Das dez instituições pesquisadas, duas elevaram suas taxas de empréstimo pessoal. Também no cheque especial, duas instituições apresentaram variação positiva. Nas duas modalidades as demais instituições mantiveram as mesmas taxas.

Empréstimo Pessoal – a taxa média dos bancos pesquisados foi de 5,25% a.m., superior à do mês anterior, que foi de 5,19% a.m., significando um acréscimo de 0,06 pontos percentuais. Ao ano, a taxa equivalente é de 84,76%.

Cheque Especial – a taxa média dos bancos pesquisados manteve-se em 7,99% a.m., em função do arredondamento de casas decimais. Ao ano, a taxa equivalente é de 151,65%.

Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Vale lembrar que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

Conclusão:

O resultado da pesquisa neste mês confirma o movimento altista das taxas de juros. Tanto a taxa média do empréstimo pessoal, quanto a do cheque especial apresentaram aumento. No caso do cheque especial, a taxa referente a outubro foi 7,985% que, por força do arrendondamento para duas casas decimais, passou a 7,99%. Neste mês, a taxa média foi 7,994%, sendo arredondada também para 7,99%.

Como se nota, o aumento foi pouco expressivo, no entanto sinaliza uma inversão de trajetória. É o segundo mês consecutivo de variação positiva da taxa média do empréstimo pessoal, após um período de quinze meses ininterruptos com variações negativas (julho/2003 a setembro/2004). A taxa média do cheque especial também vinha decrescendo desde maio/2003, com alguns períodos de estabilização.

O Banco Central, por meio do Comitê de Política Monetária – COPOM, decidiu aumentar o ritmo de alta dos juros e elevou a taxa básica – SELIC – de 16,25% para 16,75% ao ano. Contribuíram para essa decisão o crescimento da produção industrial e o aumento das vendas, o que comprova o reaquecimento da economia. Para o Banco Central, todos esses fatores significariam crescimento da demanda sem a contrapartida da produção, aumentando o risco de elevação dos preços.

A inflação sofre ainda a ameaça da alta das cotações do petróleo, do aço e do ferro no mercado internacional.

Para o consumidor, o aumento dos juros traz a necessidade de maior planejamento dos gastos, especialmente se esses gastos estiverem atrelados a empréstimos e financiamentos.

Nesta época do ano, as instituições credoras abrem muitas possibilidades de negociação para o pagamento de débitos pendentes. Convém que o consumidor priorize o pagamento de suas dívidas, antes de ceder aos apelos de consumo, que já começam a surgir com as ofertas que antecedem as festas de fim de ano.