A Fundação Procon de São Paulo, órgão ligado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, realizou, entre os dias 7 e 8 de julho, a pesquisa de taxa de juros para pessoas físicas, tanto para empréstimos pessoais como para cheque especial, em doze instituições
financeiras.
A queda generalizada verificada pelos técnicos do Procon foi uma conseqüência da redução na taxa básica de juros (Selic), em junho, de 26,5% para 26% ao ano. Com isso, dos doze bancos pesquisados, nove reduziram suas taxas, acreditando que o governo está disposto a derrubar os juros caso a
inflação mantenha a atual trajetória de queda.
Apesar dos dados coletados, o impacto dessas reduções no bolso dos consumidores ainda é muito pequeno. Os correntistas devem agir com muita cautela, principalmente ao entrar no cheque especial, já que as taxas encontram-se muito elevadas.
Empréstimos pessoais
O setor de empréstimos pessoais foi o que teve a maior redução: se em junho a taxa média dos bancos era de 6,22% ao ano, em julho ela ficou em 6,02% a.a., queda de 0,2 pontos percentuais. Os três bancos que tiveram as reduções mais significativas foram o Unibanco (passando de 6,9% para 6,3%), o Banco Real (de 6,4% para 5,9%) e o Banco Itaú (de 6,95% para 6,6%).
Para os correntistas que precisam tomar dinheiro emprestado, o BBV e a Nossa Caixa praticam as menores taxas do mercado: 4,8% e 4,65%, respectivamente.
Já o HSBC (6,5%) e o Itaú (6,6%) mantém as taxas menos atraentes entre os bancos pesquisados.
Cheque especial
A redução dos juros do cheque especial entre junho e julho foi, na média, de 0,16%, passando de 9,43% para 9,27% ao mês. Os bancos que apresentaram as maiores quedas foram o Banco Real (de 9,2% para 8,9%), o Banco Itaú (de 9,8% para 9,5%) e o Santander (de 9,75% para 9,5%).
Em três instituições, as taxas estão abaixo de 9% ao mês: Banco Real (8,9%), Banco do Brasil (8,8%) e Nossa Caixa (8,75%). O BCN é o banco que possui a maior taxa (9,75%), seguido de perto pelos bancos Santander, Itaú, Bradesco e HSBC (todos com 9,5%).
A pesquisa do Procon também mostrou que, das 12 instituições pesquisadas, apenas três não alteraram suas taxas, nem para empréstimos pessoais, nem para o cheque especial: HSBC, Caixa Econômica Federal e BBV. Nenhuma elevação foi verificada na pesquisa.
