Consumidor: Pesquisa da Fundação Procon aponta queda na taxa de juros dos bancos

Apesar do cenário favorável, Procon-SP indica cautela ao contratar financiamentos ou empréstimos

seg, 18/08/2003 - 17h06 | Do Portal do Governo

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado a Secretaria da Justiça da Defesa da Cidadania, divulgou nesta segunda-feira, dia 18, sua pesquisa mensal de taxas de juros envolvendo doze instituições financeiras.

O levantamento foi feito pela Diretoria de Estudos e Pesquisas do Procon nos dias 07 e 08 de agosto e envolveu os seguintes bancos: HSBC, Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Bilbao Vizcaya Brasil (BBV), Itaú, Santander, Nossa Caixa, Real, Unibanco e Banco de Crédito Nacional (BCN).

Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo.

Vale lembrar também que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

Empréstimo Pessoal: A taxa média dos bancos pesquisados foi de 5,95% a.m., inferior à do mês anterior, que foi de 6,02% a.m., significando um decréscimo de 0,07 pontos percentuais.

As três maiores quedas verificadas nas taxas de empréstimo pessoal foram:

HSBC- Alterou de 6,50% para 6,20% a.m., o que significa um decréscimo de 0,30 pontos percentuais, que representa uma variação negativa de 4,62% em relação à taxa de julho/03;

Caixa Econômica Federal – Alterou de 6,25% para 6,10% a.m., o que significa um decréscimo de 0,15 pontos percentuais, que representa uma variação negativa de 2,40% em relação à taxa de julho/03;

Banco Itaú – Alterou de 6,60% para 6,45% a.m., o que significa um decréscimo de 0,15 pontos percentuais, que representa uma variação negativa de 2,27% em relação à taxa de julho/03.

Cheque Especial – A taxa média dos bancos pesquisados foi de 9,17% a.m., inferior à do mês anterior, que foi de 9,27% a.m., significando um decréscimo de 0,10 pontos percentuais.

As três maiores quedas verificadas nas taxas de cheque especial foram:

Caixa Econômica Federal – Alterou de 9,20% para 8,90% a.m., o que significa um decréscimo de 0,30 pontos percentuais, que representa uma variação negativa de 3,26% em relação à taxa de julho/03;

HSBC – Alterou de 9,50% para 9,20% a.m., o que significa um decréscimo de 0,30 pontos percentuais, que representa uma variação negativa de 3,16% em relação à taxa de julho/03;

Itaú/Santander – alteraram de 9,50% para 9,35% a.m., o que significa um decréscimo de 0,15 pontos percentuais, que representa uma variação negativa de 1,58% em relação à taxa de julho/03.

Nenhuma elevação foi constatada, tanto no empréstimo pessoal quanto no cheque especial.

Prossegue a trajetória descendente nos juros cobrados de pessoas físicas nas duas modalidades analisadas. No empréstimo pessoal, metade da amostra (seis bancos) diminuíram suas taxas; no cheque especial houve redução por parte de sete bancos. As instituições bancárias que não alteraram suas taxas em nenhuma das modalidades foram: BBV, Nossa Caixa, Banco Real, Unibanco e BCN.

Comparando-se com o mês de julho, as taxas médias de agosto não apresentaram redução expressiva, no entanto nota-se uma clara tendência de queda. O cheque especial vem diminuindo suas taxas progressivamente nos últimos quatro meses; o empréstimo pessoal, após um período de oscilação, retorna ao patamar dos 5%, do qual tinha se afastado desde fevereiro deste ano quando a taxa média era de 5,98% a.m.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada em julho, o Banco Central decidiu, por unanimidade, reduzir o juro básico da economia (SELIC) de 26,00% para 24,50% ao ano. Logo após a divulgação da taxa básica, várias instituições financeiras anunciaram a redução de suas taxas e o mercado financeiro como um todo voltou a cobrar das autoridades monetárias a redução da alíquota do depósito compulsório, como forma de aumentar o crédito e reduzir ainda mais os juros.

A decisão de reduzir de 60% para 45% a alíquota de recolhimento compulsório sobre depósitos à vista foi anunciada pelo Banco Central em 08 de agosto e, portanto, seus efeitos ainda não puderam ser captados na pesquisa deste mês.

Apesar do cenário favorável, o consumidor deve continuar cauteloso ao contratar financiamentos. Ainda há bastante espaço para diminuição das taxas de juros e é conveniente adiar qualquer decisão de tomada de empréstimo até que as taxas estejam em patamares mais razoáveis.

As tabelas da pesquisa estão à disposição para consulta nos postos de atendimento pessoal:

  • Poupatempo Sé – Pça. Do Carmo s/nº
  • Poupatempo Santo Amaro – R. Amador Bueno, 176 / 258
  • Poupatempo Itaquera – Metrô Corinthians/Itaquera

    Assessoria de imprensa do Procon
    C.A