Consumidor: Fundação Procon-SP constata alta na cesta básica do paulistano

Confira as variações registradas na última pesquisa

sex, 28/09/2001 - 11h59 | Do Portal do Governo

Na quarta semana de pesquisa do mês de Setembro de 2001, o valor da Cesta Básica teve alta de 0,06%, revela pesquisa diária da Fundação Procon, vinculada à Secretaria da Justiça do Estado de São Paulo, em convênio com o Dieese.

O preço médio, que no dia 20/09/2001 era R$ 150,41, passou para R$ 150,50 em 27/09/2001.

Por grupo, foram constatadas as seguintes variações:
– Alimentação, 0,16%,
– Limpeza, -1,62% e
– Higiene Pessoal 1,34%.

A variação acumulada, no mês de setembro, ficou em 0,58% (base 31/08/2001), e nos últimos 30 dias, em 0,51% (base 27/08/2001). No ano, a cesta variou 6,41% (base 29/12/2000), e nos últimos 12 meses, 7,05% (base 27/09/2000).

No período de 21/09/2001 a 27/09/2001, os produtos que mais subiram foram:

– Absorvente Aderente (pac.10 unid.): 4,76%
– Linguiça Fresca (Kg): 4,14%
– Sabão em Barra (unid.): 3,57%
– Papel Higiênico Fino Branco (pac. 4 unid.): 3,05%
– Sabonete (unid. 90-100 g): 2,94%

As maiores quedas foram:

– Batata (Kg): -6,09%
– Sabão em Pó (pac. 1Kg.): -4,07%
– Cebola (Kg): -2,65%
– Feijão Carioquinha (pac. 1 Kg): -2,58%
– Detergente Líquido (emb. 500 ml): -2,33%

Nesta semana, os supermercados com os melhores preços da cesta básica foram:
SÃO PAULO Do Vale Av. Itinguçu, 1734. Vila Ré
CENTRO Barateiro R. das Palmeiras, 187. Sta. Cecília
NORTE Andorinha Av. Parada Pinto, 2262. Vila Amália
LESTE Do Vale Av. Itinguçu, 1734. Vila Ré
SUL Barateiro R. Domingos de Morais, 316. Vila Mariana
OESTE Barateiro Av. Imperatriz Leopoldina, 845. Vila Leopoldina

Análise

Dos 31 produtos pesquisados, na variação semanal, 16 apresentaram altas, 13 diminuíram de preço e dois permaneceram estáveis.

Os produtos que mais pressionaram a alta no período, considerando os respectivos pesos na cesta, foram nesta ordem: arroz – tipo 2 (pac. 5 Kg): 0,22%, carne de primeira (Kg): 0,20%, sabão em barra (unid.): 0,10%, papel higiênico fino branco (pac. 4 unid.): 0,08%, sabonete (unid. 90-100 g): 0,07%.

Os pecuaristas restringiram ainda mais as ofertas, e a arroba do boi gordo subiu em São Paulo, atingindo R$ 45,00. De acordo com os analistas, além da menor oferta de animais, os frigoríficos vêm trabalhando com escalas curtas.

O mercado sofre influência ainda, dos grandes frigoríficos, na medida em que precisam cumprir seus contratos de exportação. Outro fator, é que o criador segura o gado, já que o boi é considerado reserva de valor em momentos de instabilidade econômica.

A variação positiva de 4,14% verificada para a lingüiça fresca, que faz parte dos derivados de carne suína, pode estar refletindo a situação do mercado que já vêm sofrendo com a dificuldade de erradicação da moléstia que atinge o rebanho suíno de Santa Catarina, responsável por 30% dos negócios do mercado interno e atualmente, maior exportador do país, e também com a ampliação das exportações brasileiras, que devem continuar avançando em ritmo forte em 2002.

A escassez de oferta de arroz no mercado, influenciou a alta de 2,49% do produto. Para regular a situação do mercado e conter a alta e o volume ofertado do produto, a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) ofertou em leilão nesta semana, 40 mil toneladas de arroz da safra 1998/99 estocadas em armazéns do Rio Grande do Sul, atendendo à reivindicação da indústria que alega não estar conseguindo repassar para o varejo a alta do grão. A grande procura ao leilão e o ágio comprovou que os estoques das beneficiadoras estão baixos.