Construção de mais piscinões vai minimizar problemas no Pirajussara

Alckmin deu início à construção do quarto reservatório na região

qui, 20/02/2003 - 13h52 | Do Portal do Governo


Os constantes problemas de enchentes que ocorrem na Zona Sul de São Paulo, devido às cheias do córrego Pirajussara, deverão ser minimizados drasticamente até o fim deste ano, quando começa o próximo verão. Atualmente a bacia do Pirajussara conta com dois piscinões em funcionamento, que armazenam 230 mil metros cúbicos de água. A expectativa é a de que a capacidade aumente para 580 mil metros cúbicos com a entrada de mais três piscinões em operação.

O próximo piscinão a ser entregue nessa região tem conclusão prevista para o mês de junho. Nesta quinta-feira, dia 20, o governador Geraldo Alckmin iniciou a implantação do quarto reservatório. Segundo ele, no prazo de dez dias será iniciada a construção do quinto piscinão do Pirajussara e ambos ficarão prontos no prazo de dez meses.

No total, o Governo do Estado já entregou doze piscinões, sendo dez na bacia do Tamanduateí e dois no Pirajussara. Outros cinco estão em execução, sendo três no Tamanduateí e dois no Pirajussara. Além disso, nos próximos dias outros três reservatórios começarão a ser construídos.

O piscinão iniciado hoje terá capacidade para reservar 113 mil metros cúbicos de água e custará R$ 8,2 milhões para o Governo do Estado. A obra está sendo realizada em parceria com a prefeitura de São Paulo, que cedeu o terreno à Secretaria Estadual de Recursos Hídricos.

A prefeita Marta Suplicy participou da cerimônia de início da construção. Ela destacou que foi necessária a desapropriação de 46 residências para possibilitar o trabalho e defendeu a parceria entre as três esferas de Governo (municipal, estadual e federal) para acabar com as enchentes em São Paulo.

Alckmin também elogiou as parcerias para uma obra que pode ser enquadrada como de “saúde pública”. “Enchente significa doenças, transtornos e até mortes. Por isso, é preciso que os três níveis de governo, a comunidade, a sociedade civil organizada e as associações de bairro somem esforços com o objetivo de oferecer melhores condições de vida”, analisou.

O secretário de Energia, Recursos Hídricos, Saneamento e Obras, Mauro Arce, lembrou da importância do trabalho de educação ambiental. “Faço um apelo para que as pessoas colaborem, não jogando lixo nas ruas, nos rios e reservatórios. A imprensa tem um papel importante na conscientização da população, para que a ocorrência de enchentes seja cada vez mais rara”, observou.

Tamanduateí

O Governo do Estado dará início nos próximos dias à construção de mais dois piscinões no córrego do Tamanduateí. Um dos reservatórios estará localizado no município de São Bernardo do Campo, no córrego dos Meninos. O outro será implantado na divisa entre as cidades de São Paulo e Mauá.

“O piscinão é caro e difícil, mas necessário. O rio sobe na época do verão, isso é natural. O problema é que as várzeas foram ocupadas no passado. Então, o piscinão funciona como uma várzea moderna. Ele armazena a água no pico da chuva e depois que o rio diminui ele devolve a água por bombeamento”, explicou o governador.

Rebaixamento da calha do Tietê

Outra obra de grande impacto na contenção de enchentes é o rebaixamento da calha do Rio Tietê. “Mesmo com todas as chuvas que vêm caindo, o Tietê não saiu nenhuma vez da calha. E a obra está com menos de um terço realizada”, disse Alckmin.

Daqui a um ano e meio, quando o rebaixamento estiver concluído, o prazo de recorrência de transbordamento do Tietê será de 100 anos. “É um prazo de segurança muito grande”, afirmou Alckmin. O Rio está sendo rebaixado em 2,5 metros no trecho entre o Cebolão e a barragem da Penha. Isso beneficiará a cidade toda, porque todos os rios vão entrar no Tietê com mais facilidade.

Alckmin ressaltou que o Tietê é o ralo da cidade, pois quase todos os rios são seus afluentes, como o Aricanduva, Tamanduateí, Pinheiros, Caboçu de Baixo, Caboçu de Cima, Carandiru e Pacaembu. “Todos convergem para o Tietê.”

Rogério Vaquero