Andar pelas ruas das regiões mais carentes da cidade para conhecer as necessidades da população e buscar soluções é uma rotina nas atividades de Lu Alckmin, presidente do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo.
Foi o que fez nesta quarta-feira, dia 6, após inaugurar uma Padaria Artesanal na Associação Maria Flos Carmeli, no Baixo Glicério, região central da Capital. Após o evento, Lu Alckmin percorreu ruas do bairro ao lado da líder comunitária Eva Marisa Alves.
Amanhã, ela volta à região para o lançamento da pedra fundamental da ONG Novo Glicério, que será instalada na área cedida pela Secretaria da Segurança Pública, a pedido de Lu Alckmin.
No espaço será criado o complexo poli-esportivo, com quadra, biblioteca, sala de informática e Padaria Artesanal. Serão beneficiados mais de 200 jovens da região. A ONG, presidida por Eva recebe o patrocínio do Instituto Vivo, o qual participará da construção do complexo em conjunto com o Banco Luso Brasileiro.
No local, haverá uma urna, onde os jovens atendidos e os demais participantes deverão depositar cartas com suas expectativas sobre o projeto. Os textos serão lidos somente em 2015 para marcar os dez anos do complexo poli-esportivo.
Região degradada do centro da cidade, a Baixada do Glicério tem um alto índice de moradores de rua e de cortiços, usuários de drogas, prostitutas, famílias carentes e catadores de sucata. Há dez anos, inconformada com essa realidade, a então faxineira Eva Marisa Alves passou a levar 50 meninos da região para jogar futebol duas vezes por semana no Centro Esportivo do Ibirapuera. O time cresceu até o grupo disputar a Taça São Paulo de futebol em 2001, na qual ficou em quarto lugar.
Em novembro do mesmo ano, após matéria num jornal, Eva foi procurada por uma assessora de Lu Alckmin. “Quando vi, estava de chinelo de dedo no Palácio dos Bandeirantes, almoçando com a dona Lu “, conta Eva. Logo ela conseguiu o patrocínio da Vivo. Natural de Catanduva (SP), Eva chegou a São Paulo aos 12 anos com a promessa de trabalho, mas, maltratada, foi parar nas ruas e acabou na prostituição. “Tive uma chance. Alguém acreditou em mim e me deu emprego” , diz. “Hoje eu distribuo chances”. Por isso está a frente da ONG Novo Glicério – situada no Parque D. Pedro II, ao lado do prédio que abrigava o 3o. Batalhão da Polícia de Choque – que tem como objetivo afastar das ruas crianças e jovens adolescentes de 6 a 20 anos.
Complexo Poli-esportivo da ONG Novo Glicério
Rua Frederico Alvarenga, s/n°, Parque D. Pedro II
Quinta-feira, dia 07/0405, às 10 horas
C.C.
