Na próxima terça-feira, dia 9 de novembro, o Porto Dersa São Sebastião servirá à exportação de 4.540 veículos da General Motors rumo ao Porto de Altamira, no México. Os automóveis de modelos Astra, Corsa, Meriva e Montana foram fabricados nos complexos industriais da montadora em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, e em São Caetano, no ABC. Os veículos já estão sendo transportados para o Porto há duas semanas.
A maior operação já realizada pelo Porto Dersa de São Sebastião oficializa a inauguração de dois dolphins – estruturas que permitem a atracação de embarcações de grande porte, que ultrapassam o tamanho do cais. A implantação dos novos pontos de amarração exigiu investimento de R$ 2,3 milhões por parte do Governo do Estado, permitindo atracar navios que podem transportar até 4,9 mil veículos. Até então, a capacidade era de até 2,5 mil carros por embarcação. ‘Hoje o Porto está capacitado a atrair novos clientes. Com as melhorias programadas poderemos aumentar ainda mais a sua produtividade’, destaca o secretário dos Transportes, Dario Rais Lopes.
Em abril, a Dersa fechou um contrato com a Volkswagen de uma linha regular de exportação de cerca de 2 mil carros por mês para a Argentina. A operação marcou a retomada da exportação de veículos pelo Porto de São Sebastião e desencadeou um processo de novos contratos. Hoje, além de granéis, são exportados também carregamentos mensais de mil cabeças de gado com destino aos países do Mercosul.
Corredor de exportação
O Governo do Estado, por meio da Secretaria dos Transportes, vem centrando esforços com o objetivo de promover a integração eficiente dos modais. Nos últimos quatro anos, investiu mais de R$ 251,8 milhões para alavancar o novo corredor de exportação que compreende as regiões de Campinas, Vale do Paraíba e Litoral Norte. Foram executadas obras como a construção da terceira faixa na Serra da rodovia dos Tamoios; a duplicação de 14 quilômetros da rodovia Rio-Santos (SP-55), entre Caraguatatuba e São Sebastião; além do prolongamento da rodovia D. Pedro I, entre a Via Dutra e a rodovia Carvalho Pinto.
Composto por uma infra-estrutura rodoviária eficiente, malha ferroviária (operada pela MRS) e pelos aeroportos de Viracopos e de São José dos Campos – CTA (ambos operados pela Infraero), o Corredor de Exportação cria uma logística de comércio exterior mais consistente, aumentando a competitividade do Estado de São Paulo em função do baixo custo das tarifas do Porto de São Sebastião e da proximidade com o parque industrial das regiões de Campinas e do Vale do Paraíba.
Projeto de ampliação
Ainda este ano a Dersa finaliza o projeto executivo para a ampliação do Porto. Estudo realizado pela Secretaria de Estado dos Transportes analisou o potencial de mercado de cargas e alternativas à disposição para que o Porto capture uma parcela significativa desse fluxo de transporte.
O projeto prevê a construção de uma nova ponte de acesso em ‘L’, com estrutura para receber mais dois berços para atracação de navios e o aumento do calado, que passará de 8,5 metros para 14 metros. O projeto está orçado em R$ 57,8 milhões, mais R$ 20 milhões para equipamentos. Para a realização dessas obras será necessário obter o licenciamento junto à Secretaria do Meio Ambiente (EIA-Rima).
Com essas obras, a previsão é de que, em 2010, o Porto Dersa São Sebastião esteja apto a movimentar um volume superior a 3 milhões de toneladas anuais. Atualmente, a movimentação é de 400 mil toneladas/ano.
Da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado dos Transportes
(LRK)
