Começam as substituições de policiais militares por Guardas de Muralha

Foram liberados 281 PMs para o policiamento. Até abril, 4 mil Guardas de Muralha assumirão seus cargos

ter, 11/03/2003 - 15h39 | Do Portal do Governo


Medida já permitiu a liberação de 281 PMs para o policiamento da Capital. Até abril, 4 mil Guardas de Muralha assumirão seus cargos

Os policiais militares que realizavam a vigia de presos no Complexo Carandiru retornaram nesta terça-feira, dia 11, para o patrulhamento ostensivo da Capital. O reforço no policiamento da cidade foi possível com a nomeação de 106 Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária (Guardas de Muralha), que a partir de hoje passam a exercer a vigilância da Penitenciária do Estado e da Penitenciária Feminina da Capital, localizadas dentro do Complexo.

Além do Carandiru, a Cadeia de Franco da Rocha também já recebeu 80 agentes treinados pela Escola de Administração Penitenciária. O objetivo é nomear até o fim da primeira quinzena de abril 4 mil Guardas de Muralha para atuar nas 109 cadeias do Estado de São Paulo. Segundo o governador Geraldo Alckmin, a medida permitirá que 3.804 policiais militares voltem a fazer o policiamento das ruas.

A Capital deverá ser beneficiada com aproximadamente 800 homens a mais até abril. Deste total, 281 policiais militares foram liberados hoje, com o início das substituições por Guardas de Muralha.

O secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, disse que eles começam a exercer imediatamente o papel fundamental de Polícia. ‘Cem policiais vão para o bairro de Itaquera, 50 para São Miguel Paulista, 50 para Capão Redondo, 50 para a Penha e 31 para o Tucuruví. É um contingente importante para estes batalhões’, sustentou.

Até o próximo sábado, dia 15, os policiais militares que vigiam as penitenciárias dos complexos Taubaté/Tremembé e Hortolândia/Campinas também serão substituídos por Guardas de Muralha.

Ação integrada

Com a nomeação dos Guardas de Muralha, o Governo do Estado atende à 2ª principal reivindicação da Polícia. A primeira havia sido atendida com a abertura de 6 mil cargos de policiais temporários, que permitiu a liberação de policiais civis que exerciam atividades burocráticas dentro da corporação. ‘Agora, estamos atendendo outra reivindicação da Polícia, colocando pessoas especializadas para tomar conta das muralhas de presídios e liberando os policiais militares para sua função principal’, observou o secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa.
Abreu Filho destacou que as Secretarias da Segurança e da Administração Penitenciária trabalham integradas. ‘As pessoas são detidas e, após a prisão, têm de cumprir a pena e a Lei. Isso é fundamental, porque a impunidade estimula o crescimento da criminalidade’, analisou. Furukawa lembrou que, até o fim de 2004, todos os presos que estão nas carceragens de Distritos Policiais passarão para unidades penitenciárias. Esta ação irá liberar mais policiais civis para atuar na parte investigativa.

Rogério Vaquero