‘A informação é a sua melhor arma’ este é o slogan da Campanha contra a Morte Súbita dos Citros, que atingirá os quase 350 municípios paulistas da cadeia produtiva citrícola que será lançada nesta quarta-feira, dia 18.
A campanha terá como sua principal arma a informação ao produtor e a inspeção de árvores para evitar a propagação da doença, assim como a fiscalização do transporte de mudas e material vegetativo.
Cerca de 3.500 inspetores do Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura Paulista) e 600 fiscais da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo ficarão responsáveis pelo levantamento das árvores contaminadas e outros 2.000 técnicos agrícolas, que atuam nas Casas de Agricultura locais, e ainda o serviço de atendimento telefônico do Fundecitrus (0800 11 21 55) ajudarão os produtores na identificação da doença..
A morte súbita dos citros leva este nome devido à rapidez com que mata a planta, às vezes em questão de dias. A causa desta doença ainda não foi identificada. O que já se sabe é que as árvores suscetíveis a esta nova praga são aquelas de porta-enxertos limão cravo, o que corresponde a 80% das plantas em solo paulista.
‘A orientação principal é para que o produtor procure utilizar outros porta-enxertos, não transporte mudas das áreas contaminadas e contacte as Casas de Agricultura locais ou o Fundecitrus se suspeitar que suas árvores estão contaminados’, explica Nogueira.
A doença apareceu primeiramente nos pomares do norte de São Paulo e sul do Triângulo Mineiro e, de acordo com levantamento feito no ano passado, o número de árvores afetadas já chegava a 1 milhão. O parque citrícola paulista é o maior do mundo com cerca de 211 milhões de pés, é responsável por 400 mil empregos diretos e quase U$ 5 bilhões de movimentação financeira anualmente.
O lançamento da campanha é resultado da força-tarefa criada em 7 de fevereiro durante evento no Palácio dos Bandeirantes, o qual reuniu o ministro Roberto Rodrigues, o governador Geraldo Alckmin e os secretários de Agricultura de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, mais as lideranças do setor.