Ciências: Sociólogo inglês ressalta a participação do Brasil no cenário da pesquisa mundial

O sociólogo pretende relatar a vitoriosa experiência brasileira em genômica em palestras e artigos científicos

seg, 28/10/2002 - 19h26 | Do Portal do Governo

Com recursos modestos em relação ao orçamento de Ciência e Tecnologia das grandes potências científicas e priorizando áreas estratégicas para o país, o Estado de São Paulo criou um inventivo modelo de pesquisa em genômica e bioinformática: a rede ONSA (Organização para Seqüenciamento e Análise de Nucleotídeos), da FAPESP. Esse modelo colocou o Brasil numa posição de liderança global em dois nichos desse concorrido setor: genomas de bactérias que atacam plantas ( Xylella fastidiosa, Xanthomonas citri e Agrobacterium tumefaciens ) e de uma importante cultura agrícola tropical (projeto Sucest com a cana-de-açúcar).

A opinião é do sociólogo inglês Mark Harvey, do Centro para Pesquisa em Inovação e Competição da Universidade de Manchester, Inglaterra, que, ao lado de seu colega Andy McMeekin, resolveu estudar a bem-sucedida entrada do Brasil na cena da genômica mundial do ponto de vista da geopolítica internacional. ‘O Brasil deu uma lição para o mundo. Inicialmente, escolheu algumas áreas que não eram prioritárias para os países desenvolvidos e investiu nesses setores ‘, afirma Harvey, que esteve em São Paulo no final do mês passado. ‘Sem copiar o modelo norte-americano, o país desenvolveu caminhos distintos, fora dos grandes centros internacionais de pesquisa, que, no longo prazo, podem ser importantes para equilibrar o desenvolvimento da ciência e tecnologia entre todas as nações do globo.’

O pesquisador britânico também elogiou a participação nacional, numa ação coordenada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CPNq), na criação e desenvolvimento da Rede de Genoma de Leishmaniose, um projeto da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Banco Mundial que estuda as relações do parasita/hospedeiro dessa doença tropical que atinge 12 milhões de pessoas. ‘O Brasil é o único país em desenvolvimento a fazer parte desse consórcio internacional’, salienta Harvey.

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