A Fundação Parque Zoológico de São Paulo (Zôo-SP), vinculada à Secretaria da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, está comemorando o nascimento, no segundo semestre deste ano, de dois filhotes de Urubus-Rei.
A comemoração se justifica, uma vez que a reprodução dessas aves em cativeiro é dificultada pela falta de informação sobre sua biologia. Após várias tentativas, dois ovos foram retirados do recinto de exposição e encaminhados para a sala de chocadeiras, onde foram incubados artificialmente. O primeiro filhote nasceu em agosto e o mais novo em 8 de novembro passado.
Os visitantes ainda não podem ver os pequenos urubus, pois todo o desenvolvimento dos filhotes está sendo registrado e acompanhado em uma sala especial, sob os cuidados dos técnicos do Zôo. Os urubus são aves consumidoras de carne em putrefação e desempenham um importante papel saneador, pois eliminam matérias orgânicas em decomposição. Em cativeiro, os urubus-rei recebem alimento fresco, portanto, são animais limpos e sem cheiro. A alimentação dos filhotes consiste em ratos criados no Biotério do Zôo, e como ainda não sabem comer sozinhos, recebem o alimento diretamente no bico.
Espécie ameaçada de extinção
O urubu rei, tecnicamente conhecido como Sarcoramphus papa, é sem dúvida o mais belo, dentre as 4 espécies conhecidas de urubus. Com o corpo coberto de penas brancas e pretas, cabeça e pescoço nus em tons de cinza, vermelho e laranja, o urubu rei possui uma envergadura de até 1,80 m. É considerado uma espécie ameaçada de extinção, principalmente pela destruição do seu habitat, que vai do México à Bolívia, norte da Argentina e Uruguai. No Brasil, onde é escasso, habita a região Norte e Brasil Central.
(LRK)
