O Acessa São Paulo é um projeto desenvolvido pela Secretaria de Governo e Gestão Estratégica em parceria com a Imprensa Oficial do Estado, empresas privadas, prefeituras e entidades comunitárias. O objetivo é possibilitar a inclusão digital da população da periferia da Capital e Interior. Desde sua criação, em julho de 2000 até 7 de dezembro deste ano foram mais de dois milhões de atendimentos, sendo aproximadamente 200 mil por mês.
O primeiro posto foi implantado na sede de uma entidade comunitária no Jardim São Luís, zona sul da Capital. De lá para cá foram inaugurados 56 infocentros na periferia da capital, 12 nos postos públicos e outros 53 no interior. Os usuários podem acessar a internet, usar programas para atividades pessoais e participar de cursos de informática a distância.
Em São Paulo, os monitores da Escola do Futuro (núcleo educacional da USP) auxiliam os interessados na navegação, na utilização dos programas, esclarecendo dúvidas de acesso. O tempo de consulta varia de 20 a 30 minutos, dependendo da localidade do Infocentro.
Transformação social
O coordenador do programa, Fernando Guarnieri, diz que o maior desafio é estimular o uso da ferramenta para transformação social. “As pessoas utilizam a Internet como instrumento para aquisição de conhecimento. Há uma troca de saber: dica de emprego, informação a respeito de saúde, de direitos. Nosso desafio é criar canais para tornar cada um de nossos Infocentros um local onde as pessoas possam doar seus conhecimentos e ter acesso ao conhecimento coletivo.”
Em maio do ano passado, o Acessa São Paulo realizou pesquisa sobre necessidades informacionais dos moradores de periferia. O estudo revelou que 90% dessa população sabe o que é a internet, 81% acha que ela pode melhorar sua vida e 3% tem acesso. “Isso sintetiza a expectativa que as pessoas têm em relação à Internet e o tamanho da ‘brecha digital’.”
A tabulação também mostrou que tipo de acesso é mais freqüente. Indica que 81% dos usuários busca informações sobre saúde, 79% procura emprego, 75% se informa do serviço público ou reclama contra ele, 60% faz cursos por computador, 58% realiza operações bancárias, 53% faz boletins de ocorrência, entre outros.
Tendo esses resultados como base, Guarnieri conta que tiveram a idéia de desenvolver uma série de conteúdos denominados Minicursos Acessa São Paulo. Implantaram curso de ensino popular a distância a respeito dos seguintes temas: combate à dengue, segurança pessoal, cozinhando sem açúcar, como elaborar um currículo, como dar nó em gravata e etiqueta na internet.
Serviço:
Postos públicos de acesso à internet:
Poupatempos: Sé (duas instalações), São Bernardo do Campo, Campinas, Santo Amaro, Itaquera, Guarulhos e São José dos Campos.
Bom Prato: Brás e Santo Amaro
Terminal São Mateus (EMTU)
Estação Especial da Lapa
(Fonte: www.acessasaopaulo.sp.gov.br)
Viviane Santos
Da Agência Imprensa Oficial
R.K.
