Cidadania: Batalhão da Polícia Militar promove hoje Caravana no Jardim Ângela

Serão colocados à disposição dos moradores serviços essenciais

sex, 29/08/2003 - 9h22 | Do Portal do Governo

Mais de cinco mil moradores da Favela Ayrton Senna, no Jardim Ângela, zona sul da cidade, serão beneficiados, nesta sexta-feira, dia 29, com a Caravana da Cidadania do 1.º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano (BPM/M).

O programa desenvolvido pelo comandante do batalhão, Isidro Suita, colocará pela primeira vez à disposição dos moradores serviços essenciais ,como saúde, justiça e cidadania.

Em parceria com empresas, escolas, faculdades e o Centro de Integração e Cidadania da Secretaria de Estado da Justiça, os moradores receberão diversos atendimentos gratuitos. Eles poderão tirar carteiras de identidade e de trabalho e terão atendimento médico e dentário. Com as receitas em mãos, eles também receberão medicamentos de graça. Crianças de até 12 anos receberão aplicação de flúor nos dentes e noções de higiene bucal.

Cabeleireiros e barbeiros do Serviço Social do Comércio (Senac) ainda atenderão os interessados. “Assim, ajudamos as pessoas a terem maior auto-estima e, com certeza, a diminuir a criminalidade”, disse Suita.

Segundo ele, a primeira Caravana da Cidadania terá mais de 100 profissionais trabalhando das 9 às 17 horas, na Avenida Ayrton Senna, 126, centro da favela do mesmo nome. Além de garantir a proteção dos moradores e profissionais, os policiais estarão organizando torneios de futebol entre os jovens da comunidade e policiais da Escola de Educação Física da Polícia Militar darão aulas de Body Combat.

A Caravana da Cidadania do 1.º Batalhão ainda fará a entrega de duas toneladas de alimentos à Associação Beneficente das Famílias Carentes, que ficará responsável pela distribuição.

Polícia junto da comunidade

De acordo com o comandante, idealizador do programa, em apenas dois anos de existência, o 1.º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, mais conhecido por Batalhão do Jardim São Luis, já é ponto de referência de segurança na zona sul da cidade. “Foi a própria comunidade que doou os materiais para a construção e os policiais arregaçaram as mangas e construíram o prédio, no terreno doado pela Prefeitura”, disse.

Com 870 policiais trabalhando 24 horas ininterruptas, o batalhão atende a uma população de 730 mil habitantes, entre eles 210 mil favelados, que estão distribuídos em 172 favelas, em cerca de 40 bairros da zona sul, entre eles, o Jardim São Luis, Jardim Ângela, Jardim São Francisco, Capão Redondo e Largo da Macedônia – Piraporinha. “Vamos inaugurar o programa na favela mais carente de todas”, explicou Suita.

Além do policiamento ostensivo e preventivo, os policiais atuam no policiamento comunitário, levando a Ronda Escolar para 82 escolas estaduais e no Programa de Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), que já atendeu mais de 10,8 mil crianças. “Em novembro, vamos formar mais 7,8 mil crianças”, contou o comandante.
Ele explicou também que, preocupado com os crimes contra as mulheres e crianças na região, foi formada uma equipe de policiais femininas que trabalham em quatro viaturas atendendo especificamente a esse tipo de ocorrência.

O Batalhão também tem uma mina de água, que será canalizada. A água servirá para lavar o prédio e viaturas e cuidar da Praça do Feirão, adotada pelo policiais.

O comandante despacha uma vez por semana em uma das 172 favelas da região. “Assim a comunidade se aproxima e os profissionais voluntários têm mais coragem de aplicar seus conhecimentos a essa gente humilde e necessitada”, explicou Suita.