Cerca de 30 representantes de instituições e empresas públicas e privadas do Estado de São Paulo assinaram hoje (14/9), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP, a Declaração Internacional de Produção Mais Limpa, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA.
Ao assinar o documento, os signatários paulistas, que se somam a mais 1.700 signatários no mundo todo, assumiram publicamente, entre outros compromissos expressos na Declaração, seu reconhecimento de que “atingir o desenvolvimento sustentável é uma responsabilidade coletiva” e que “as ações para melhorar o ambiente global devem incluir a adoção de práticas de produção e consumo sustentáveis”, assim como seu entendimento da Produção Mais Limpa (P+L) “como a utilização continuada de uma estratégia preventiva integrada aplicada a processos, produtos e serviços, com o objetivo de reduzir os riscos para a saúde humana e para o meio ambiente, e conseguir benefícios econômicos para as empresas”.
A sessão solene, que foi concretizada com a entrega de certificados contendo a Declaração Internacional sobre Produção Mais Limpa aos signatários, contou com a presença de vários secretários de Estado, como o professor José Goldemberg, do Meio Ambiente, João Carlos de Souza Meireles, da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, Antônio Duarte Nogueira Júnior, da Agricultura e Abastecimento, e Antonio Carlos Malufe, secretário adjunto de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, além dos presidentes da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB, Rubens Lara, e da FIESP, Paulo Skaf, e da coordenadora do Escritório do Brasil do PNUMA, Cristina Montenegro de Cerqueira.
Além dos secretários e representantes das secretarias estaduais e da FIESP que assinaram o documento, também assinaram, entre outros, os presidentes da SABESP, Dalmo Nogueira, da CTEEP, José Sidnei Colombo Martini, da EMTU, Joaquim Lopes da Silva Junior, e da EMPLASA, Marcos Camargo Campagnone, diretores do Metrô, da CESP, da CDHU e do IPT, o prefeito do câmpus da USP, Wanderley Messias da Costa, o diretor do CIESP, Angelo Albiero Filho, e representantes de outras associações industriais e sindicatos patronais, empresas privadas, instituição de ensino e organizações não-governamentais, assim como as presidentes das associações dos engenheiros da CETESB, Tânia Gasi, e da Sabesp, Eliana Kitahara.
Mudança de paradigmas
O secretário José Goldemberg, que representou o governador Geraldo Alckmin na cerimônia, destacou a importância do evento ressaltando tratar-se a assinatura da Declaração Internacional sobre Produção Mais Limpa de uma mudança de paradigma por parte das instituições que fazem parte do Governo de São Paulo, na busca de uma opção que beneficia o meio ambiente ao mesmo tempo em que obtêm benefícios econômicos para as empresas, e também lembrando que paralelamente vai sendo substituído um outro paradigma, antigo, que vinculava a atuação dos órgãos ambientais exclusivamente à fiscalização e punição, ao contrário da prevenção, que vem sendo valorizada.
O presidente da CETESB, Rubens Lara, por sua vez, além de parabenizar os novos signatários do documento, recordou que a agência ambiental paulista assinou a Declaração Internacional de Produção Mais Limpa por ocasião de sua criação pelo PNUMA, em 1998, na Coréia do Sul.
Aproveitou, também, para divulgar o lançamento do Relatório de Produção Mais Limpa na América Latina e Caribe, elaborado pela CETESB por solicitação do PNUMA e que apresenta os avanços e desafios da implementação das ações de P+L na região.
A cerimônia de assinatura da Declaração Internacional de P+L fez parte do terceiro e último dia de realização da 3ª Conferência Paulista de Produção Mais Limpa, na FIESP, por sua vez parte da 3ª Semana de Produção Mais Limpa, que se deu entre os dias 10 e 15 de setembro.
