Na primeira semana de pesquisa do mês de maio de 2002, o valor da Cesta Básica teve queda de 0,46%, revela pesquisa diária da Fundação Procon-SP, vinculada à Secretaria da Justiça do Governo do Estado de São Paulo, em convênio com o Dieese.
O preço médio, que no dia 2 era R$ 154,22, passou para R$ 153,51 no dia 9. Por grupo, foram constatadas as seguintes variações: Alimentação, -0,59%, Limpeza, -1,29% e Higiene Pessoal, 1,29%, ficando a variação acumulada, no mês de Maio, em -0,51% (base 30/04/2002) e nos últimos 30 dias, em -0,69% (base 09/04/2002). No ano, a cesta variou -2,96% (base 28/12/2001), e nos últimos 12 meses, 5,87% (base 09/05/2001).
Nesta semana, os supermercados com os melhores preços da cesta básica foram:
Centro:Futurama -Av. Angélica, 546 – Santa Cecília
Norte:Ourinhos -Av. Cel. Sez. Fagundes, 2698 – Jd. Tremembé
Leste:Estrela Azul -Pça. Porto Ferreira, 48 A – Vila Guilhermina
Sul:Barateiro – R. Carneiro da Cunha, 426 – Saúde
Oeste:Carrefour – Av. Alberto Augusto Alves, 50 – Campo Limpo
Dos 31 produtos pesquisados, na variação semanal, 17 diminuíram de preço, 13 apresentaram alta e um permaneceu estável. Os produtos que mais pressionaram a queda no período, considerando os respectivos pesos na cesta, foram nesta ordem: Carne de Primeira (kg): -0,31%; Frango Resfriado Inteiro (kg): -0,19%; Sabão em Barra (unid.): -0,10%; Ovos Brancos (dz): -0,10%; Arroz – Tipo 2 (pac. 5 kg): -0,08%.
Nesta primeira semana de maio a Cesta Básica apresentou queda de 0,46%. O grupo Limpeza foi aquele que mais contribuiu para a queda da cesta, com variação de -1,29%, sendo o sabão em barra e o detergente líquido os produtos que apresentaram maior queda de preço neste grupo, -3,23% e -2,00% respectivamente.
No grupo Alimentação, o destaque foi para a variação do preço da cebola (-7,62%) que, também na semana passada, registrou queda no preço. Tal queda pode estar associada à baixa qualidade do produto nacional, frente às adversidades climáticas nas áreas produtoras e à comercialização de grande parte da última safra do produto.
Já a batata, no período de entressafra, destacou-se com alta de 6,77% atribuída ao menor nível de oferta e conseqüente aumento nos preços.
Há cinco semanas o preço do frango vem apresentando variação negativa em razão da grande oferta do produto no mercado. O excesso de frango no mercado pode estar associado ao ritmo lento das exportações, que acarretam maior oferta no mercado interno. No entanto, para a próxima semana a perspectiva é de um ajuste entre oferta e demanda face ao pagamento dos salários, embora isso não signifique necessariamente aumento nos preços.
A queda no preço dos ovos, observada nessas duas últimas semanas, ocorre em razão do fraco consumo do produto decorrente do longo período de calor e das altas temperaturas que desestimulam não só o consumo de ovos, mas também o de carne suína.
O preço da carne bovina continua em queda, não refletindo ainda a melhoria do mercado agropecuário, decorrente das chuvas nesta semana em algumas regiões. Com melhores condições dos pastos para a criação do rebanho, os criadores têm menos urgência em vender seus animais, como vem acontecendo nas últimas semanas. A expectativa é de que os preços se recuperem devido ao recuo da oferta no mercado e ao pagamento dos salários que normalmente, no início do mês, possibilitam aumento do consumo de carne bovina.
