Cesp: Rio Paraitinga é repovoado com seis mil filhotes de piabanha

Espécie teve redução populacional devido à existência do dourado, predador característico dos rios brasileiros

qua, 05/03/2003 - 12h46 | Do Portal do Governo

Da Agência Imprensa Oficial e Assessoria de Imprensa da Cesp


A Companhia Energética de São Paulo (Cesp), órgão da Secretaria de Energia, soltou seis mil filhotes de peixes, da espécie piabanha, nas margens do Rio Paraitinga, um dos que formam o reservatório da Usina Paraibuna, localizado na cidade histórica de São Luiz do Paraitinga, entre o Vale do Paraíba e o litoral norte.

A soltura dos peixes ocorreu próximo à captação de água da Sabesp, na estrada da Pousada Ápice, onde a comunidade de São Luiz desenvolve programa de reflorestamento da margem do rio.

Peixe-símbolo

A piabanha foi o peixe-símbolo da bacia do Rio Paraíba do Sul, chegando a ser a segunda espécie mais capturada e consumida no início da década de 50. Diversos fatores contribuíram para sua redução populacional, como a introdução do dourado, um peixe predador característico dos rios brasileiros, o desmatamento, a poluição e a construção de barragens.

Hoje, a espécie é reproduzida com técnicas especiais e em larga escala na Estação de Hidrobiologia e Aqüicultura da Cesp, em Paraibuna, pelas equipes da área de meio ambiente da empresa. A reprodução é feita para fins de repovoamento dos seus reservatórios da bacia do Rio Paraíba do Sul.

Cesp

De acordo com a legislação brasileira, a Cesp se responsabiliza por programas de repovoamento de peixes em seis reservatórios de sua concessão no Estado. O auxílio ocorre nos reservatórios de Jaguari e Paraibuna (na região da Serra do Mar), de Ilha Solteira, Jupiá, Primavera (na Bacia do Rio Paraná) e de Três Irmãos (no Rio Tietê). O objetivo é proteger as espécies que têm risco de desaparecimento.

Pescas experimentais

O gerente da divisão de programas físicos e bióticos da Cesp, João Henrique Pinheiro Dias, informa que desde 1983, periodicamente, são feitas pescas experimentais nessas instalações, a fim de pesquisar a abundância ou a raridade do animal. Com esses relatórios é possível verificar a necessidade de nova inserção de alevinos.

O repovoamento pode ter caráter pedagógico. O gerente disse que na soltura dos peixes, no Rio Paraitinga, os estudantes participaram e tiveram educação ambiental. ‘A idéia é que eles percebam que existe esforço para melhorar o ambiente. Naquela ocasião, enfatizamos que eles também podem contribuir, diminuindo o desperdício de água e emissão de lixo nos rios.’

Viviane Santos

(AM)