Cerimônia pela paz reúne bandas, fanfarras e corais no Memorial

Evento será realizado no próximo domingo, dia 18

qui, 15/05/2003 - 12h24 | Do Portal do Governo

A Fundação Memorial da América Latina promoverá um evento pela paz ao ar livre no próximo domingo, dia 18, às 10 horas. O clímax da festa será a afixação de uma bandeira branca na Praça Cívica, onde existe a famosa escultura da Mão do Memorial. O símbolo ficará no local em definitivo para indicar compromisso permanente com a paz.

Participarão a Banda da Polícia Militar (75 componentes), quatro bandas de metais (145 componentes), Fanfarra Municipal de Poá (112), bateria da Escola de Samba Águia de Ouro (25), dois coros (70) e quatro corpos coreográficos (135). Secretários de Estado e representantes do corpo consular de países latino-americanos também irão participar do evento.

A Banda de Concerto e Coro da Polícia Militar do Estado de São Paulo executará obras de Johann Strauss, Duke Ellington, Carlos Gomes, Wagner e Vangelis, entre outros. Um dos regentes será o major e maestro Antonio Carlos Martins Fernandes. A direção de coreografias com as bandeiras será de Antonio Bonvenuto Neto.

Causas comuns

O espetáculo integra o movimento Bandeira da Paz, iniciado em 1998, no Parque da Água Branca. A iniciativa coube à organização não-governamental Abaçaí Cultura e Arte, com apoio da Secretaria da Cultura e outras entidades. O movimento busca mobilizar os homens de boa vontade em prol de causas comuns.

O evento de domingo, terá cerimônia com representantes das religiões católica, protestante, espírita, afro-brasileira, muçulmana, judaica, budista e hinduísta. Quarenta alunos do Colégio Consolata atuarão como guarda de honra do símbolo da paz, portando bandeiras brancas. Outros 33 estudantes carregarão bandeiras dos países latino-americanos, no intuito de disseminar o movimento pelo resto do continente.

Durante esta semana, as escolas que visitarem o Memorial receberão material de pintura. Os estudantes deverão fazer trabalhos com o tema paz. Um júri irá escolher as melhores pinturas que receberão como prêmios kits de livros editados pelo órgão. Farão parte da comissão julgadora artistas plásticos como Maria Bonomi, Jose Spagnol e Pazé. Os vencedores terão seus trabalhos expostos em varais, ao lado do palco.

Não-violência

Em janeiro de 2000, o movimento Bandeira da Paz ampliou-se com o aval do Comitê Paulista da Década de Cultura da Paz (Unesco). No manifesto dessa entidade, no item ‘Rejeitar a violência’, havia a proposta de ‘praticar a não-violência ativa, rejeitando qualquer forma de agressão (física, sexual, psicológica, econômica e social), em particular contra os mais vulneráveis, como crianças e adolescentes’.

Há cinco anos, na véspera do aniversário de São Paulo, foi organizada vigília cívica, ecumênica e cultural pela paz, no Parque da Água Branca. Na ocasião, houve apresentações artísticas, exibições de vídeos e atividades visando à integração dos participantes. Na cerimônia, as pessoas abraçaram simbolicamente a cidade. As instituições participantes tornaram-se então guardiãs da bandeira da paz.

A partir daí, a afixação do símbolo tornou-se a forma encontrada para marcar a adesão de novas associações ao ideal. O objetivo é envolver o maior número possível de segmentos da sociedade, organizações e setores públicos numa grande corrente para elaborar ações isoladas em prol da convivência pacífica, cidadania e solidariedade social.

Da Agência Imprensa Oficial e Assessoria de Comunicação Social do Memorial

(AM)